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reportagem de capa
Notebook já compete com micro de mesa
IGUALDADE RELATIVA Cai muito a defasagem de preço entre portáteis e desktops, que oferecem recursos semelhantes
JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Intervalo da novela das oito:
mais de 2,5 milhões de televisores estão ligados. O garoto-propaganda começa a anunciar as
ofertas da sua rede de lojas. Entre geladeiras e jogos de cozinha, aparecem notebooks com
preços tentadores. Um produto
que há pouco tempo era restrito a executivos pegou carona na
popularização dos PCs de mesa
e hoje disputa com eles a preferência do público, com preços
na faixa dos R$ 2.000.
O micro portátil parece ser o
sonho de consumo da vez, mas,
apesar da sedução trazida pela
mobilidade, escolher entre um
notebook e um PC não é fácil.
Com o valor gasto na compra
de um laptop básico, é possível
levar para casa um desktop
com maior poder de processamento e expansibilidade. Promoções aparentemente vantajosas de computadores podem
se transformar em "micos" em
poucos meses. O novo Windows, que estréia em janeiro
próximo, exigirá mais potência
dos PCs, e muitos modelos com
vida útil relativamente curta
continuam a ser vendidos como se fossem novidades.
Somado a isso, celulares de
terceira geração, videogames e
toca-DVDs com função de gravador são opções para confundir a cabeça do consumidor.
Pesquisar é o primeiro passo
para escolher o modelo e a plataforma certos. Fabricantes famosas e desconhecidas têm
ofertas parecidas -nem sempre o mais caro é o melhor.
Quem já tem um computador em casa pode usar um notebook barato como complemento e se sentir satisfeito. Usar um
portátil básico, com preço inferior a R$ 3.000, para todas as
atividades do cotidiano, é menos recomendável.
Na faixa de preço que vai de
R$ 3.000 a R$ 5.000, há modelos de mesa e portáteis com
funções equivalentes, que podem atender às necessidades
de boa parte dos usuários.
No mundo dos PCs, porém,
os modelos com esse valor podem ser considerados supermáquinas. "Quando você compra um desktop, ele vem com
potência de sobra. Um disco rígido de 200 Gbytes é um exagero hoje, mas, nos próximos
anos, certamente será útil", explica o autor de livros técnicos
Laércio Vasconcelos.
O consultor de informática
Abel Alves faz ressalvas sobre a
compra dos notebooks, destacando as facilidades da mobilidade e também citando aspectos negativos. "Os laptops têm a
expansão mais cara e limitações nas placas de vídeo e nos
discos rígidos", diz.
Tudo depende, porém, do
modelo escolhido. "Os portáteis modernos já estão preparados para substituir o micro de
mesa com vantagens", diz José
Antonio Ramalho, colunista da
Folha e autor de livros sobre
informática.
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