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SAIA DO AUTOMÁTICO
Câmeras digitais têm recursos que, bem aproveitados, permitem obter resultados menos comuns
Saiba o básico para evitar o convencional
FLAVIO FLORIDO
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
O uso de câmeras digitais está se
tornando cada vez mais comum.
Simples de usar, como as antigas
"xeretas", elas fornecem boas
imagens ao simples apertar de um
botão, pois a máquina faz tudo
com seus recursos automáticos.
Define, por exemplo, tempo de
exposição à luz e a intensidade
do flash.
Mas é possível melhorar os resultados, personalizar a foto digital mesmo sem alterar muito a regulagem da máquina. Antes, porém, é preciso conhecer e respeitar alguns requisitos básicos, que
você pode ver a seguir.
Distância mínima: o fotógrafo
não deve se aproximar muito do
objeto ou da pessoa a ser fotografada, pois isso costuma causar
uma imagem sem definição. Algumas câmeras já possuem a opção de fotografia macro, que permite fazer fotos de pequenos detalhes, com maior aproximação.
Flash: nas câmeras amadoras,
seu uso é limitado, pois não consegue iluminar grandes espaços;
portanto, fotos em ambientes amplos ou com o objeto fotografado
muito distante ficam escuras.
Composição: muitas vezes, as
pessoas interessadas em fazer algo bom tentam inventar e acabam
exagerando. Às vezes, o simples é
o mais bonito: procure equilibrar
o conjunto e verifique, por exemplo, se o que você quer destacar
está mesmo em primeiro plano
ou se está metido em uma confusão de fundos e objetos diferentes.
Prestando atenção nesses itens,
o fotógrafo amador diminui suas
chances de errar. Mas, mesmo
que as imagens obtidas inicialmente não sejam satisfatórias, o
dono da câmera digital tem a
chance de repetir a experiência
sem gasto extra -uma vantagem
sobre as câmeras comuns, em que
o erro fica gravado em filme e tem
um custo. Com a câmera digital, o
erro pode ser mais facilmente encarado com uma forma de aprendizado.
Uma vez dominados os conhecimentos básicos, o fotógrafo pode começar a tentar fugir do automático, experimentando os recursos oferecidos pelas digitais.
Por exemplo: uso de baixa velocidade, deixando o CCD (placa
responsável pela gravação de informação através da luz e equivalente ao filme) mais tempo exposto à luz; exploração da profundidade de campo, que pode desfocar um ponto; combinação do
uso do flash e da iluminação ambiente, preenchendo espaços na
imagem e destacando luzes.
Com isso, pode-se chegar ao objetivo perseguido por fotógrafos
profissionais e amadores: despertar um tipo de emoção.
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