São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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SAIA DO AUTOMÁTICO

Câmeras digitais têm recursos que, bem aproveitados, permitem obter resultados menos comuns

Saiba o básico para evitar o convencional

FLAVIO FLORIDO
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO

O uso de câmeras digitais está se tornando cada vez mais comum. Simples de usar, como as antigas "xeretas", elas fornecem boas imagens ao simples apertar de um botão, pois a máquina faz tudo com seus recursos automáticos. Define, por exemplo, tempo de exposição à luz e a intensidade do flash.
Mas é possível melhorar os resultados, personalizar a foto digital mesmo sem alterar muito a regulagem da máquina. Antes, porém, é preciso conhecer e respeitar alguns requisitos básicos, que você pode ver a seguir.

Distância mínima: o fotógrafo não deve se aproximar muito do objeto ou da pessoa a ser fotografada, pois isso costuma causar uma imagem sem definição. Algumas câmeras já possuem a opção de fotografia macro, que permite fazer fotos de pequenos detalhes, com maior aproximação.
Flash: nas câmeras amadoras, seu uso é limitado, pois não consegue iluminar grandes espaços; portanto, fotos em ambientes amplos ou com o objeto fotografado muito distante ficam escuras.
Composição: muitas vezes, as pessoas interessadas em fazer algo bom tentam inventar e acabam exagerando. Às vezes, o simples é o mais bonito: procure equilibrar o conjunto e verifique, por exemplo, se o que você quer destacar está mesmo em primeiro plano ou se está metido em uma confusão de fundos e objetos diferentes.
Prestando atenção nesses itens, o fotógrafo amador diminui suas chances de errar. Mas, mesmo que as imagens obtidas inicialmente não sejam satisfatórias, o dono da câmera digital tem a chance de repetir a experiência sem gasto extra -uma vantagem sobre as câmeras comuns, em que o erro fica gravado em filme e tem um custo. Com a câmera digital, o erro pode ser mais facilmente encarado com uma forma de aprendizado.
Uma vez dominados os conhecimentos básicos, o fotógrafo pode começar a tentar fugir do automático, experimentando os recursos oferecidos pelas digitais.
Por exemplo: uso de baixa velocidade, deixando o CCD (placa responsável pela gravação de informação através da luz e equivalente ao filme) mais tempo exposto à luz; exploração da profundidade de campo, que pode desfocar um ponto; combinação do uso do flash e da iluminação ambiente, preenchendo espaços na imagem e destacando luzes.
Com isso, pode-se chegar ao objetivo perseguido por fotógrafos profissionais e amadores: despertar um tipo de emoção.


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