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Contraste e tela causam preocupação
DA REPORTAGEM LOCAL
Os tipos de iluminação de
tela e o contraste das letras
com o fundo do display são
preocupações dos oftalmologistas com o crescimento do
mercado de leitores de livros
eletrônicos. As queixas ainda
não são tão frequentes, segundo os especialistas procurados pela Folha, mas boa
parte delas está associada à
vista cansada, ao desconforto com a luminosidade da tela e a dores de cabeça.
Newton Kara José Junior,
professor da Faculdade de
Medicina da USP (Universidade de São Paulo), conta
que as poucas queixas que
recebe estão associadas à luminosidade da tela, mas explica que ainda é cedo para
saber se uma mudança em
hábitos de leitura pode mudar a situação.
"Se uma pessoa tem intolerância à iluminação específica da tela, talvez ela não
consiga ser superada só com
um novo hábito de leitura."
Mas ele sugere, em alguns
casos, o uso de óculos com
lentes coloridas, já que podem filtrar algumas tonalidades de luz.
Já o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, focou
seus estudos no Kindle 2, da
Amazon, mas diz receber reclamações de pacientes que
usam vários tipos de e-reader. Para ele, a tecnologia E
Ink do Kindle não oferece
tanto brilho aos olhos, porém o fundo cinza dificulta
na obtenção do contraste
com as letras.
"O público que lê e-books
é mais jovem e noto que algumas pessoas com mais de
40 anos ficam com a vista
cansada." Neto conta que alguns aposentados, que já
têm um pequeno início de
catarata e para os quais a visão de contraste é importante, têm mais dificuldade.
Para evitar a fadiga visual,
ele dá conselhos como posicionar o e-reader abaixo da
linha dos olhos e ler em ambientes com lâmpadas amarelas (mais próximas da luz
natural). Caso as mudanças
não diminuam as queixas, é
bom procurar um médico.
(AMANDA DEMETRIO)
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