São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

diversão

Siga na rede

Conheça séries feitas para a internet; com vídeos rápidos, elas já formam celebridades e têm premiação própria

AMANDA DEMETRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Aline e Felipe" (videolog.uol.com.br/alineefelipe) trata da vida de um casal de jovens lidando com os problemas dos tempos atuais. Ciúmes por causa do Twitter, Orkut, celulares e videogames estão entre os temas que desencadeiam os episódios da série feita para a internet. Com drama, comédia, relacionamentos e humor, as webséries apostam na adaptação do formato das séries de TV para a rede.
Felipe Miranda, um dos produtores de "Aline e Felipe", conta que sempre quis fazer algo parecido, mas só conseguiu colocar isso em prática quando conheceu Aline, uma namorada que "comprou" suas ideias. Mas, mesmo com as 42.952 visitas (segundo o site videolog.uol.com.br, que hospeda a série), o seriado ainda não recebe apoio financeiro.
"Isso nos afeta. Não podemos contar com pessoas fixas, mas às vezes aparece um amigo para ajudar. Na maioria do tempo, temos que apoiar o tripé, apertar o Rec, sair correndo e atuar", explica.
Mas o retorno do público já aparece, segundo Miranda. "Essa é a parte legal de se produzir, até porque se não fosse por esse retorno eu já teria desistido", comenta ele, que diz já ser reconhecido pelas ruas de São José dos Campos, onde a dupla vive.
Já "2010 Onda Zero" (www.2012ondazero.com.br) tem ares de superprodução com direito a efeitos especiais. A ideia da série era ser um teste para um projeto maior, mas o piloto fez tanto sucesso que virou independente, diz Felipe Farzat, um dos produtores. A websérie de ação fala de JP, um jovem perturbado que larga sua namorada, amigos e família após ter que lidar com eventos bizarros em sua vida. JP tem a sensação de que o mundo está prestes a ser destruído.
Para Farzat, uma das maiores dificuldades da produção é encontrar as locações adequadas: "Como no Brasil não temos a prática de produções que precisem de cenários diferentes, fora do contexto da "vida cotidiana", essa se torna a nossa principal dificuldade."
Já o diretor da trama, Flávio Langoni, conta que contar a história em um espaço curto de tempo também é difícil, "fora a temática escolhida, que exige efeitos especiais de última geração, trilha sonora de cinema e uma fotografia bem elaborada."
Fora do país, as webséries já ganham incentivos financeiros. "The Guild", por exemplo, é patrocinada pela Microsoft.


Texto Anterior: Campanha quer redução de impostos
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.