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consumo
Moda high-tech
Exposição em San Francisco reúne
peças que misturam moda e tecnologia
DA REPORTAGEM LOCAL
Um vestido que reage à poluição do ar, uma jaqueta feita
com sacolas plásticas e uma
peça que faz massagem enquanto quem a usa joga videogame. Se você pensa que o futuro está longe, precisa conhecer as criações de artistas e estilistas que usam a tecnologia
para criar peças inteligentes,
ecologicamente corretas e um
tanto inusitadas.
A mistura de moda e tecnologia é o foco da Second Skin:
Imaginative Designs in Digital
& Analog Clothing (segunda
pele: designs criativos em vestuário analógico e digital; exploratorium.edu/2ndskin),
exposição que ocorre no museu Exploratorium, em San
Francisco (EUA).
Até setembro, o museu reúne peças que usam novas tecnologias, recursos do próprio
corpo, como energia, e até materiais que são facilmente jogados no lixo, como embalagens de chocolate Snickers
-pelas mãos de Anna Rochester, embrulhos se transformam em microvestido.
"Os artistas e estilistas enxergam o corpo como uma peça de arte e percebem que a
tecnologia pode ser incorporada ao dia-a-dia. Para eles, um
computador pode ser uma peça de roupa", afirma a curadora da exposição, Pamela Winfrey, em entrevista à Folha.
Ela destaca o trabalho Massage Me, de Hannah Perner-Wilson e Mika Satomi. "É um
computador que pode ser usado como roupa. Ele é interativo e permite a quem o está
usando jogar videogame e fazer massagem em um amigo,
ao mesmo tempo", diz.
Outra peça que chama a
atenção dos visitantes, segundo Winfrey, é o vestido Piezing, que gera energia a partir
dos movimentos naturais do
corpo. A peça armazena energia em uma pequena bateria,
que depois pode ser descarregada para uso (leia ao lado).
Há, ainda, trabalhos como o
vestido de Amisha Gadani, que
é inspirado em peixes infláveis
e serve para afastar pessoas
em momentos de intimidação.
(DANIELA ARRAIS)
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