|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANIVERSÁRIO
Inventado em 1968, só 15 anos depois o mouse passou a integrar o computador pessoal, com a chegada do Lisa
Mouse chega aos 20 sem fio e funcionando em 3D
RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se em 20 anos a vida de uma
pessoa pode mudar completamente, avalie o que este tempo
não fez no mundo dos computadores. Só o que se mostrou completamente essencial se manteve
nesse período. Um desses sobreviventes é o mouse.
Em 1983, foi colocado pela primeira vez no mercado um computador pessoal equipado com
interface gráfica (tela com ícones
que dão acesso a funções do sistema) e, por consequência, com o
famoso camundongo mecânico.
Os admiradores da história da
computação já devem ter ouvido
falar do controverso nascimento
da interface gráfica (GUI, na sigla
em inglês). Em visita à Xerox, Steve Jobs, um dos donos da Apple,
foi apresentado a um sistema operacional que trocava os difíceis e
compridos comandos -escritos- por ícones visuais, que, auxiliados por um mouse, diminuíam consideravelmente o trabalho do usuário. O desenvolvimento da técnica foi suspenso pela Xerox, que a achou simplista.
Jobs então teve a idéia de colocar as interfaces num microcomputador. Para isso, tratou de levar
consigo vários dos engenheiros
que desenvolveram a interface
gráfica e o mouse da Xerox.
Assim nasceu o Lisa. Batizado
com o nome da filha de um dos
designers que o projetaram, o
computador da Apple tinha uma
configuração bem imponente para a época, superior a de todos os
PCs concorrentes, mas risíveis para os parâmetros de hoje: processador de 5 MHz, 1 Mbyte de memória RAM, dois drives de disquete de 5,25 polegadas e 871
Kbytes cada, disco rígido de 5
Mbytes e um monitor de 12 polegadas com resolução de 720x360
pontos. O problema era o preço,
US$ 10 mil. Isso em valores da
época. Hoje, com correção, seria
quase o dobro. A cifra grande acabou levando o antecessor dos Macintosh ao fracasso.
O mais afagado dos dispositivos
de um computador foi inventado
em 1968, bem antes de ter sua utilização disseminada. Ainda hoje,
a primeira demonstração do aparelho, feita pelo engenheiro Doug
Engelbart, pode ser conferida em
vídeo no site sloan.stanford.edu/mousesite/1968Demo.html.
A demora na sua utilização foi
simplesmente porque a maioria
dos computadores trabalhava
com textos sem cursores na tela.
Mas hoje seria difícil navegar na
internet sem a ajuda dele.
Do mouse feito de madeira e
com um botão e duas rodinhas de
Engelbart, até hoje, foram poucas
mudanças: o advento da bolinha,
a inclusão de mais botões, a retirada do fio e da bolinha, no lançamento do mouse óptico.
Mas só em outubro do ano passado apareceu nos EUA a grande
revolução: o mouse 3D. O Ultra
Optical Mouse, da empresa Gyration (www.gyration.com), além
de não precisar de fios, é utilizado
no ar, com o usuário o segurando
e gesticulando para poder comandar o cursor na tela do PC. O custo
é de US$ 80 a U$ 179. Não há previsão de lançamento no Brasil.
Texto Anterior: Clássicos Próximo Texto: Diversidade é encontrada nas lojas virtuais Índice
|