São Paulo, quarta-feira, 08 de abril de 2009

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Empresa vislumbra adesivo para corpo que se comunica sem fio

DA REDAÇÃO

Incluir a capacidade de transmissão de dados sem fio em quase tudo -das câmeras ao corpo humano- não é mais apenas cenário de ficção.
Foi o que indicou a CTIA 2009, uma das maiores feiras da indústria sem fio dos EUA, que aconteceu na semana passada, em Las Vegas.
A operadora AT&T falou sobre sua nova divisão de dispositivos emergentes, que trabalha em aplicações sem fio para videogames, leitores de livros eletrônicos e câmeras.
Glenn Lurie, presidente da divisão, disse que o modelo de negócios para esses produtos ainda está sendo desenvolvido. Os clientes poderiam pagar ao mandar vídeos de uma câmera pela rede da companhia, por exemplo.
Já a fabricante de chips Qualcomm investe no mercado de tecnologias sem fio aliadas à preocupação com a saúde.
A empresa falou sobre adesivos com capacidade sem fio que enviariam dados a dispositivos próximos. As informações, como medidas de sinais vitais, seriam então enviadas às operadoras de saúde.
O presidente da empresa, Paul Jacobs, diz que a tecnologia seria útil para monitorar o coração ou a taxa de glicose das pessoas, que não precisariam ir a um hospital para isso.
Além disso, para Jacobs, a tecnologia permite monitoramento constante para cardíacos. Dessa forma,avaliações presenciais iriam diminuir.
Para Peter Svensson, da Associated Press, a CTIA mostrou que os teclados numéricos dos celulares vão ter o mesmo destino dos discos dos antigos telefones: desaparecer. Nos EUA, eles devem sumir primeiro.
Poucos modelos mostrados no evento não contavam com teclado no padrão QWERTY (como o de computador) e/ou telas sensíveis ao toque.
Para Svensson, isso é reflexo da popularidade das mensagens de texto e do uso da internet sem fio no país.
Para o analista Ross Rubin, da empresa de pesquisa de mercado NPD, a demanda pela substituição dos teclados numéricos pelos QWERTY é, principalmente, um fenômeno dos EUA.

Acostumadas
Ainda que as telas sensíveis estejam se popularizando em todo o mundo, as pessoas de outros países começaram a mandar mensagens de texto muito antes do que nos EUA e "estão adaptadas a escrever" no tecladinho com números e letras comum hoje, diz Rubin.
Já o mercado norte-americano foi influenciado por telefones inteligentes de ponta, como o Treo e o BlackBerry, pioneiros em reproduzir versões miniaturizadas dos teclados como os das máquinas de escrever.
O HTC Touch Pro2, que venceu uma premiação da CTIA como melhor smartphone, é um exemplo disso. Tem tela sensível e teclado QWERTY.


Com agências internacionais


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