DA REPORTAGEM LOCAL

Apressado, João liga o computador e tenta se conectar à internet. Depois de fracassar várias vezes (o provedor só dá ocupado), ele finalmente consegue entrar na rede, mas encontra outro problema: sua caixa postal está congestionada por mensagens que oferecem Viagra natural ou alertam para os perigos de sentar numa agulha contaminada no cinema.
Irritado, João desiste de ler seus e-mails e acessa um site, mas diversas janelas com propaganda (pop-ups) começam a pular na tela. Ao mesmo tempo, o Windows sufoca com o carregamento automático de vários programas cuja utilidade o usuário desconhece.
Resignado, João resolve escrever um texto, mas não consegue: o assistente do Word interrompe seu trabalho, dançando na tela enquanto o editor faz "correções" no artigo e modifica incorretamente as palavras. O usuário tenta abrir um vídeo guardado no micro, mas o PC trava e denuncia uma "operação ilegal". Ao reiniciar a máquina, um vírus ataca e destrói tudo. É o fim.
João é um personagem fictício, mas as pequenas maldições que afligem os usuários de informática são reais: segundo uma pesquisa realizada pelo Gartner Group, até 25% dos e-mails recebidos pelos internautas em 2002 serão mensagens indesejadas. Desses e-mails, 80% serão spam, ou seja, cartas propagandísticas com remetentes forjados, boatos ou correntes desvairadas.
A rede fica mais lenta e poluída, surgem mais pragas e softs parasitas, e o sistema Windows ganha mais recursos automáticos -e inconvenientes. Mas há solução: seguindo as dicas publicadas nesta edição, é possível conter as atribulações que tumultuam a sua vida de internauta. (BG)


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