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reportagem de capa
Música é novo carro-chefe de portáteis
RITMO DE FESTA Campainhas foram abre-alas; modelos, que têm memória externa, são caros, se comparados a tocadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A epidemia da imagem e do
som acometeu de vez os telefones celulares. Às câmeras digitais, que invadiram e ampliaram as funções dos aparelhinhos, se uniu a função de tocador de canções.
O primeiro sintoma da febre
musical foi o aumento da oferta
de toques de campainha, que
viraram polifônicos e, em seguida, se transformaram em
trechos de canções no formato
MP3, os truetones.
A venda de toques é sucesso
unânime entre as operadoras,
que firmam parcerias com gravadoras como Universal, Sony
BMG e Warner para oferecer
músicas que figuram em paradas de sucesso.
Segundo a Claro, esse tipo de
conteúdo foi um dos responsáveis pelo crescimento de seus
serviços de valor agregado. A
operadora registrou, entre setembro de 2004 e outubro de
2005, 35 milhões de toques
vendidos. No cardápio, há cerca
de 7.000 hits em versões monofônicas (R$ 2,30 cada um), polifônicas (R$ 3,30 cada um) e em
MP3 (até R$ 5,40 cada um).
Já a Tim organizou seus ringtones por categorias como
crazytones, que trazem sons
bem-humorados, e nametones,
cujo toque é a reprodução do
nome do usuário.
Clientes da Vivo pagam de R$
2,90 a R$ 3,40 por toques monofônicos, e, por R$ 9, levam
três campainhas polifônicas. A
compra de toques musicais
funciona por crédito; a unidade
é vendida por R$ 2,80.
Tocador
Se, de um lado, as operadoras
atacam com conteúdos, de outro, as fabricantes atacam com
funções. Celulares com espaço
interno e compatíveis com diferentes cartões de memória
armazenam canções que são
transferidas do computador
por cabos USB e reproduzidas
em fones de ouvido ou em alto-falantes embutidos.
Um exemplo são os modelos
da Sony Ericsson que oferecem
compatibilidade com cartões
Memory Stick Duo de até 4
Gbytes. O W300 é um dos modelos mais econômicos da linha
e sai por R$ 799 -o W810, por
exemplo, custa R$ 1.399. Para
dar uma idéia, o tocador Sony
NW-E505 de mesma capacidade sai por R$ 399 -exatos
R$ 1.000 a menos.
Já o Nokia N91 vem com 4
Gbytes de memória interna
-capacidade que, segundo a fabricante, é suficiente para armazenar até 3.000 canções.
A transferência ocorre por
USB ou por Bluetooth. Com câmera integrada de 2 Mpixels e
editor de vídeo e de foto, o aparelho permite organizar playlists sem ter de recorrer ao
computador. Seu preço, no entanto, é de R$ 2.500.
Opção mais em conta é oferecida pela Gradiente. O GF-970,
que custa R$ 899, vem com cartão miniSD de 128 Mbytes. Ele
se comunica com o computador por USB e tem câmera de 2
Mpixels, que também é filmadora. Numa faixa de preço ainda inferior, a Benq Siemens
oferece o E61 por R$ 599. Ele
tem recurso de karaokê, pelo
qual exibe, na tela, as letras das
canções reproduzidas. Sua memória pode ser ampliada em
até 1 Gbyte, por meio de um
cartão. A bateria promete dar
conta de dez horas de reprodução de som.
(MB)
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