São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

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GUIA DO NOTEBOOK

Saiba como escolher um portátil básico

Entenda os termos técnicos, veja qual é a configuração ideal e confira o teste exclusivo de seis máquinas à venda no país

BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do que acontece na compra de um PC de mesa, em que várias peças da máquina têm igual relevância, no caso dos notebooks, o processador é disparado o componente mais importante.
Isso acontece porque é ele que determina a principal característica de um notebook: a autonomia das baterias. Afinal, de que adianta ter uma máquina portátil se ela mal funciona fora da tomada?
Nesta edição, foram testados seis notebooks: quatro com chips Intel, um com processador AMD e um com PowerPC G4.
Os chips da AMD têm um problema: como comprova o teste do HP Compaq nx9005, eles gastam muita energia, reduzindo drasticamente a autonomia das baterias. Já o PowerPC G4 usado no portátil da marca Apple dá sinais de obsolescência -opera com velocidade de 800 MHz, contra 1,4 GHz do Pentium M, por exemplo-, mas é econômico.
No Brasil, os processadores Intel são os mais difundidos no mercado de PCs portáteis. A empresa produz quatro tipos de chip para notebook: Celeron, Pentium 4-M, Pentium M e Celeron M.
Os dois primeiros são adaptações de processadores usados em PCs de mesa. Por isso, eles gastam muita energia e devem ser evitados por quem busca autonomia.
O Pentium M é diferente, pois foi desenvolvido especialmente para laptops, tendo a economia de energia como prioridade.
Além disso, o Pentium M é bem mais rápido, em modelos com igual freqüência de comutação (o valor expresso em MHz ou GHz que acompanha o nome do chip), do que o Pentium 4-M. Isso significa que, em termos de desempenho, um Pentium M de 1,4 GHz pode alcançar ou superar um Pentium 4-M de 2 GHz.
O Celeron M é uma versão simplificada do Pentium M. O problema é que, para reduzir custos, a Intel desligou várias funções de economia de energia.
O resultado, como mostram os testes do notebook Itautec Infoway Note M3420, é um chip que gasta energia demais.
No exterior, a Intel já lançou a segunda geração do Pentium M, bem mais veloz (alcança 2 GHz). Até a conclusão desta edição, ela não havia sido lançada no Brasil -além disso, num primeiro momento, provavelmente, ficará restrita a modelos de luxo.
Ao procurar um PC portátil, você verá referências à tecnologia Centrino. Ela nada mais é do que o processador Pentium M associado a uma placa de rede sem fios do tipo Wi-Fi. Isso significa que os laptops Centrino já estão prontos para acessar a internet em pontos de acesso públicos, como cafeterias, aeroportos e livrarias.
De qualquer forma, cabe lembrar que a placa Wi-Fi, que custa a partir de R$ 250, pode ser adaptada a qualquer PC portátil.


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