São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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Radiação de Chernobyl dá origem a monstros terríveis

THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O desastre com a usina nuclear de Chernobyl, em 1986, deixou como herança os terríveis efeitos da radiação no ser humano, mas, na realidade alternativa de S.T.A.L.K.E.R.: Shadows of Chernobyl, o quadro é ainda pior: criaturas mutantes dividem os arredores do local com caçadores de peças que conferem poderes especiais a seus proprietários.
Por não impor praticamente limites ao jogador, o game de tiro difere dos demais que abarrotam as prateleiras do mercado. Em um terreno virtual com tamanho equivalente a 30 quilômetros quadrados, na pele de um caçador que acordou sem memória, o objetivo é sobreviver. Existem diversas missões, mas a ordem e a maneira de cumpri-las ficam a cargo do jogador.
Os arredores de Chernobyl, território conhecido como The Zone, são subdivididos em várias áreas, todas perigosas .
A inteligência artificial funciona muito bem, pois cada personagem parece ter vida e rotina próprias. Os gráficos, que reproduzem as mudanças climáticas em tempo real, também contribuem para a imersão do jogador no clima. Às vezes, ao se locomover de uma área do mapa a outra , um dia ensolarado pode se transformar em uma tempestade, com direito a raios e trovões.
Para se organizar em meio à tanta vastidão, o PDA é o melhor aliado, pois serve de diário para Marked One, o protagonista, que faz anotações e, por tabela, ajuda a conduzir o enredo.
Tanta liberdade faz S.T.A.L.K.E.R. lembrar um RPG, mas, diferentemente dos jogos de interpretação de papéis, não existem níveis de evolução para o personagem. Em suma, o que vale mesmo é a habilidade no manejo das armas -como o inventário não comporta todas elas, muitas vezes é preciso descartar algumas ou então vendê-las.
O jogo só não é melhor porque a tecnologia gráfica, além de um pouco abaixo do nível de qualidade atual, não está bem otimizada, o que pode prejudicar a performance mesmo em computadores mais robustos.
O mínimo para S.T.A.L.K.E.R. (R$ 89, www.movingeditora.com.br) funcionar é um Pentium 4 de 2 GHz ou equivalente, 512 Mbytes de RAM, 10 Gbytes de disco rígido, leitor de DVD, placa de vídeo 3D de 128 Mbytes e Windows.


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