São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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Nos EUA, empresas dizem dar suporte global

BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BERKELEY

Nos EUA, fabricantes de computadores ouvidas pela Folha dizem oferecer suporte global para suas máquinas. Ou seja, computadores comprados em outras partes do mundo não perdem a garantia caso migrem para os EUA. Mesmo assim, há restrições.
Sem dar detalhes, a Apple afirma, por meio de sua assessoria, dar garantia mundial a todos os seus produtos, menos o Time Capsule, a Apple TV e o iPhone.
A Panasonic foi na mesma linha e emitiu um comunicado assinado por Jim King, vice-presidente de serviço e suporte da divisão que produz os notebooks Toughbook. Ele diz que a empresa dá suporte a todos os seus notebooks nos EUA independentemente do país onde forem comprados. Para ter o suporte, o consumidor precisa apresentar o recibo de compra.
Já o suporte global da Dell existe apenas mediante a compra de um plano de garantia estendida de três anos. O serviço custa entre R$ 619 e R$ 800, dependendo do produto. O consumidor precisa ficar atento caso adquira esse suporte, já que, se o computador for ficar por mais de seis meses em outro país, o dono tem que transferir o plano para o novo país ou o serviço perde a validade.
Questionada se a empresa dava suporte nos EUA ao smartphone vendido apenas na Ásia, a Dell informou que o plano de suporte global é restrito a laptops comerciais.

HP não tem suporte global
A HP foi a única das empresas ouvidas que admitiu a ausência de um plano de suporte a produtos da categoria comercial (destinada ao consumidor comum) comprados em outras partes do mundo.
"Os produtos da categoria comercial não foram feitos para circular pelo planeta", disse Jim Kahler, diretor da HP que comanda o setor de suporte e garantia de computadores destinados ao consumidor comum nos EUA e na América Latina.
Ele cita como obstáculo as adaptações, como o idioma, que os produtos comerciais recebem para ser vendidos em cada mercado. Os técnicos que dão suporte nos EUA, diz ele, não foram treinados para isso.
Dentro desse cenário, o diretor diz que a HP não seria "muito eficiente", mas faria o possível para dar suporte aos computadores vindos de fora.
Uma rápida olhada no fórum de suporte da HP confirma as palavras de Kahler.
A reportagem encontrou o relato de um consumidor, feito no último dia 24 de setembro, que conta as dificuldades encontradas por ele para conseguir suporte nos EUA para o seu Compaq Presario comprado na Tailândia.
Ao anunciar a origem do seu produto, o consumidor diz que o técnico que o atendia parou de dar informações e disse para ele ligar para o suporte em Bancoc. A Folha tentou entrar em contato com o consumidor, mas não teve sucesso.
Para aqueles que viajam e precisam de suporte global, o diretor da HP recomenda que sejam comprados produtos de uma classe voltada ao mundo corporativo, que, segundo ele, recebem apoio global.

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