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Nos EUA, empresas dizem dar suporte global
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BERKELEY
Nos EUA, fabricantes de
computadores ouvidas pela
Folha dizem oferecer suporte
global para suas máquinas. Ou
seja, computadores comprados
em outras partes do mundo não
perdem a garantia caso migrem
para os EUA. Mesmo assim, há
restrições.
Sem dar detalhes, a Apple
afirma, por meio de sua assessoria, dar garantia mundial a
todos os seus produtos, menos
o Time Capsule, a Apple TV e o
iPhone.
A Panasonic foi na mesma linha e emitiu um comunicado
assinado por Jim King, vice-presidente de serviço e suporte
da divisão que produz os notebooks Toughbook. Ele diz que a
empresa dá suporte a todos os
seus notebooks nos EUA independentemente do país onde
forem comprados. Para ter o
suporte, o consumidor precisa
apresentar o recibo de compra.
Já o suporte global da Dell
existe apenas mediante a compra de um plano de garantia estendida de três anos. O serviço
custa entre R$ 619 e R$ 800, dependendo do produto. O consumidor precisa ficar atento
caso adquira esse suporte, já
que, se o computador for ficar
por mais de seis meses em outro país, o dono tem que transferir o plano para o novo país ou
o serviço perde a validade.
Questionada se a empresa
dava suporte nos EUA ao
smartphone vendido apenas na
Ásia, a Dell informou que o plano de suporte global é restrito a
laptops comerciais.
HP não tem suporte global
A HP foi a única das empresas ouvidas que admitiu a ausência de um plano de suporte a
produtos da categoria comercial (destinada ao consumidor
comum) comprados em outras
partes do mundo.
"Os produtos da categoria comercial não foram feitos para
circular pelo planeta", disse
Jim Kahler, diretor da HP que
comanda o setor de suporte e
garantia de computadores destinados ao consumidor comum
nos EUA e na América Latina.
Ele cita como obstáculo as
adaptações, como o idioma, que
os produtos comerciais recebem para ser vendidos em cada
mercado. Os técnicos que dão
suporte nos EUA, diz ele, não
foram treinados para isso.
Dentro desse cenário, o diretor diz que a HP não seria "muito eficiente", mas faria o possível para dar suporte aos computadores vindos de fora.
Uma rápida olhada no fórum
de suporte da HP confirma as
palavras de Kahler.
A reportagem encontrou o
relato de um consumidor, feito
no último dia 24 de setembro,
que conta as dificuldades encontradas por ele para conseguir suporte nos EUA para o
seu Compaq Presario comprado na Tailândia.
Ao anunciar a origem do seu
produto, o consumidor diz que
o técnico que o atendia parou
de dar informações e disse para
ele ligar para o suporte em Bancoc. A Folha tentou entrar em
contato com o consumidor,
mas não teve sucesso.
Para aqueles que viajam e
precisam de suporte global, o
diretor da HP recomenda que
sejam comprados produtos de
uma classe voltada ao mundo
corporativo, que, segundo ele,
recebem apoio global.
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