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INTERNET
Explode oferta de acesso gratuito no Brasil
ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local
O acesso gratuito à Internet
mal começa no Brasil e já vira febre e tema de guerra comercial.
Logo depois de o Unibanco
anunciar, para a segunda quinzena deste mês, o acesso ilimitado e gratuito para seus clientes,
foram lançados, no domingo, o
BRfree (www.brfree.com.br) e o
iG (www.ig.com.br).
O BRfree dá acesso em Minas e
vai atuar em São Paulo e no Rio a
partir do dia 15. O iG é fruto de
uma parceria entre os grupos GP
Investimentos e Opportunity.
Bancos como Bradesco e Banco
do Brasil também têm o serviço.
Os provedores tradicionais
reagiram rapidamente. Sexta-feira, a entidade que os representa manifestou seu protesto contra o que chama de "concorrência desleal".
Mas os internautas parecem
não ligar. O iG divulgou ter registrado 8.000 assinantes até o meio-dia de segunda-feira.
Entre os bancos, o Unibanco
oferece acesso ilimitado, enquanto a promoção do Bradesco é de
pelo menos 20 horas por mês. O
Banco do Brasil dá cinco horas.
Os dois primeiros utilizam a rede
IP da Telefônica (estrutura de telefonia que se liga à Embratel). Já
o Banco do Brasil faz parceria
com provedores para que eles
ofereçam o serviço gratuitamente
a clientes. Só correntistas têm direito ao serviço.
A instalação dos serviços também é imediata, sem a necessidade de um kit de instalação. A velocidade é a mesma da de um provedor comum: cerca de 56 Kbps.
Os bancos afirmam que o objetivo é estimular o uso de serviços
de home banking e de produtos
criados para comércio eletrônico,
como o e-card, do Unibanco.
"Estamos abrindo o mercado
de Internet", afirma Plínio Patrão,
superintendente de Internet do
Unibanco. Raphael Mandarino,
presidente da Associação Nacional dos Usuários de Internet pede
atenção: "Nenhum serviço bancário é realmente gratuito".
Para esquentar ainda mais o cenário do acesso gratuito, o provedor gaúcho Livre Acesso (www.livreacesso.com.br) oferece acesso ilimitado por R$ 60 ao ano.
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