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MULTIMÍDIA
Sites rivais do YouTube querem pagar usuários
CAPITALISMO SELVAGEM Portais desconhecidos oferecem participação nos lucros para os autores de vídeos amadores com maior número de exibições
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois sites independentes e
ainda com conteúdo bastante
limitado tentam fazer o que os
poderosos Google e Apple e
suas lojas de vídeos on-line não
conseguiram: bater a popularidade do portal de vídeos You-Tube, que chegou aos 20 milhões de usuários.
"Faça. Publique. Lucre" é o
lema do eefoof.com e "Seja
visto. Seja pago" é o mote do
Lulu TV (www.lulu.tv). Enquanto o YouTube é gratuito,
os seus novos rivais oferecem a
quem posta vídeos um acordo
de pagamento baseado no número de vezes que os clipes são
assistidos. Conforme a audiência do arquivo, seu autor recebe
uma porcentagem dos lucros
obtidos pelo site.
Em entrevista ao site
News.com, o gerente do eefoof.com, Kevin Flynn, disse:
"Se as pessoas forem colocar
vídeos em outros portais, não
ganharão nada. No eefoof, elas
podem obter algum dinheiro".
O método de pagamento do
eefoof.com é atrelado à audiência dos arquivos. Quem publica
vídeos, fotos, áudio ou animações em flash no portal precisa
gerar mais de US$ 25 de lucro
em anúncios para começar a
receber uma porcentagem.
Quanto mais visitantes, mais
propaganda e mais dinheiro.
Já os planos dos responsáveis pelo Lulu TV são mais
complicados. A idéia do site é,
além de pagar os usuários,
transformá-los em sócios.
Por uma mensalidade de
US$ 14,95, o autor dos vídeos
ganha o status de usuário
"pro". Oitenta por cento do total do dinheiro recebido com
essas mensalidades vai para
um fundo especial, que deve
ser dividido entre os usuários
"pro" já cadastrados. Dentro
desse grupo, o dinheiro é dividido de acordo com o sucesso
dos arquivos de cada um.
Pode dar certo?
O executivo-chefe da Lulu
Enterprises, Bob Young, afirma
que o Lulu TV é um experimento inspirado no modelo tradicional da televisão, no qual as
emissoras compram conteúdo
dos seus produtores e o sucesso
de cada um depende da sua audiência. "Na TV, esse modelo é
problemático, mas na internet
existe um número ilimitado de
canais. Não há razão para não
termos vários programas parecidos. O mercado é muito vasto", diz Young.
Para o diretor de análises de
mídia do Nielsen/NetRatings,
Jon Gibs, a idéia de fazer os autores dos vídeos participarem
do sucesso de um site pode funcionar bem. "Se esse tipo de
modelo de negócio on-line se
transformar em um sucesso,
eles poderão lucrar facilmente
com os anúncios e poderão migrar para um modelo baseado
apenas em assinantes", afirma
o especialista.
Outra vantagem, segundo o
analista da Nielsen/NetRatings, é a predominância de
usuários pagantes, o que diminui o número de vídeos inúteis
ou com baixa qualidade.
(JB)
Com agências internacionais
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