São Paulo, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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reportagem de capa

Indústria pornô também aposta no 3D

DIVERSÃO A poucos quarteirões da CES, a Adult Entertainment Expo mostrou novidades do mercado de conteúdo adulto

DA ENVIADA ESPECIAL A LAS VEGAS

A poucos quarteirões da CES, diversos visitantes de outra feira também usavam óculos para ver imagens em uma televisão 3D. Mas ali o conteúdo passava longe de animações cheias de efeitos especiais, dando lugar a cenas de sexo explícito. A indústria de conteúdo adulto mostrou suas tendências, novidades e muitas estrelas de seus filmes durante a Adult Entertainment Expo, em Las Vegas.
A produtora Bad Girls exibia na feira um pacote tecnológico cujo objetivo é fazer com que as imagens dos filmes pornôs saltem da tela para bem perto do espectador. O 3D in a Box inclui televisão de 60 polegadas, partes de um computador, cabos e óculos 3D -o pacote custa US$ 3.999. Quem compra o aparelho fica apto a receber filmes em 3D da produtora a cada semana, mediante pagamento de mensalidade.
"A indústria de entretenimento adulto sempre foi a primeira a impulsionar a adoção de novas tecnologias. Foi assim com o VHS e com a internet. E o 3D tem tudo para ser o novo nicho a partir deste ano, apostamos nisso", disse à Folha Lance Johnson, fundador da da empresa.
O diretor Joone, criador do Digital Playground, reforça a importância da adoção do 3D pelos estúdios. "Quem vê filmes adultos quer uma experiência completa. E o 3D vai ajudar nisso, permitindo que o espectador sinta que tem alguém no seu quarto", disse.
Ele afirma que a Digital Playground foi a pioneira em vídeos em alta definição e que conta hoje com o maior catálogo em Blu-ray do mercado.
Para fevereiro, a empresa prepara um novo aplicativo para iPhone que pretende ir além das imagens das estrelas dos filmes. "Você poderá tirar uma foto sua e colocá-la em uma cena com Jesse Jane, nossa maior estrela. A ideia é que você se divirta, que faça uma brincadeira com os amigos, que se sinta parte dos filmes", disse.

Gadgets eróticos
Os brinquedinhos eróticos também ganharam mais tecnologia. O Real Touch é um dispositivo interativo que se propõe a criar uma experiência real para quem assiste a filmes pornôs da produtora AEBN.
A empresa sincroniza as cenas dos seus filmes com os movimentos do aparelho, que usa a tecnologia háptica, capaz de simular toques. Quando o aparelho é conectado via USB, reproduz movimentos da boca e das partes íntimas do corpo humano mostradas na tela.
"Queremos que o espectador veja e sinta o que acontece na tela", disse à Folha Scott Coffman, presidente da AEBN. O Real Touch custa US$ 150 e, segundo Coffman, ainda neste ano deve começar a ser vendido no mercado internacional.
Já o OhMiBod (US$ 69) foi apresentado como o primeiro vibrador musical wireless do mundo. A vibração do aparelho segue o ritmo da música, e o volume determina a intensidade dos movimentos.
"O aparelho é muito interessante para casais que gostam de pensar em seleções de música para a hora do sexo. Eles acabam se divertindo antes e durante a relação", disse Brian Vatter, presidente da empresa.
A feira deu espaço até para uma versão física daquele famigerado spam "Enlarge your Penis" (aumente seu pênis). Em um dos estandes, kits com vitaminas e tubos que servem para estimulação a vácuo prometiam aumentar o pênis dos insatisfeitos.
"É como uma ginástica, basta você se esforçar todo dia para conseguir entre 2,5 cm e 4 cm de aumento", afirmou o gerente de vendas Joel Kaplan. (DA)


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