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segurança
País tem muitos hackers, diz caçador
LADRÕES Segundo especialista, alvos dos cibercriminosos são usuários comuns e fraudes bancárias
DA REPORTAGEM LOCAL
Mikko Hyppönen é o caçador de vírus da fabricante
finlandesa de antivírus e proteção de computadores F-secure.
De acordo com ele, os cibercriminosos brasileiros -entre os
mais atuantes do mundo-
agem principalmente de duas
formas: praticando o "deface"
-uma espécie de pichação em
sites- ou, em maior escala,
realizando fraudes bancárias.
Esqueça o geek que busca conhecimento. Para Hyppönen,
os piratas do país têm uma motivação pouco nobre. "É apenas
uma forma de ganhar dinheiro", disse, por e-mail, à Folha.
Por isso, a vítima preferida
deles são os usuários comuns,
que oferecem menos dificuldade para as ações dos criminosos locais.
"Os bancos têm protegido
muito bem o sistema interno
de computadores", diz. Mas as
pessoas comuns, "menos preocupadas com a segurança e, por
isso, com computadores mais
vulneráveis" são vítimas potenciais. "Para roubar R$ 1 milhão, eles podem invadir cerca
de 10 mil computadores domésticos e roubar R$ 100 de
cada um, [uma] ação muito
mais fácil [do que invadir um
banco]", exemplifica.
Para ter mais segurança em
casa, o especialista receita o
básico (mas que não é seguido
por muitos): o usuário precisa
se certificar que o sistema operacional, os aplicativos, o firewall e o antivírus estão atualizados.
Para Hyppönen, um perigo é
emergente no mundo da tecnologia de segurança: os portáteis. Ele diz que são poucos os
vírus para celulares -até agora, 394 foram detectados, ante
mais de 500 mil nos computadores-, mas que se o "problema não for combatido, deve
crescer bastante".
Hyppönen chegou ao Brasil
ontem, para palestras sobre segurança na internet. Ele atualiza um blog com as últimas descobertas de pragas na internet
(www.f-secure.com/weblog).
(GVB)
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