São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

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Troca de mensagens entre Rio e São Paulo demorava dois dias

Imagine um e-mail que leva dois dias para ser respondido. Esse era o tempo para trocar mensagens entre os BBSs do Rio e de São Paulo, conta Aleksandar Mandic, dono de um dos primeiros BBSs do Brasil. Ele e Charles Miranda, do Rio, fizeram uma conexão entre suas redes.
"As mensagens eram enviadas [de um BBS para outra] de madrugada, quando a ligação telefônica era mais barata", diz. Então, levava um dia para chegar ao Rio de Janeiro e outro dia para a resposta ser encaminhada para São Paulo.
Havia também a RBT (Rede Brasileira de TeleInformática), criada em 1992, que ligava dezenas de BBS em todo o Brasil -os dois citados anteriormente não faziam parte dela.
Mandic conta a diferença entre os BBS gratuitos e o que ele oferecia, que era pago. "O usuário era cliente. Pagava por mês e tinha uma hora para usar por dia", detalha.
Havia serviço de empresas e instituições: em 1993, havia BBS tanto para checar o local da prova da Fuvest quanto para consultar preços da Livraria Cultura.
"O BBS era uma ilha. A internet é um mundo", compara. "O Orkut é parecido com um BBS, mas é mais moderno." (CR)


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