São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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MÚSICA DIGITAL

Novo arquivo quer substituir MP3

MT9, que enfrenta dificuldades para se tornar padrão, permite controlar volume de cada instrumento

ANTONY BRUNO
DA REUTERS

Os formatos alternativos de música participam de uma batalha hercúlea para substituir o MP3.
O Motion Pictures Experts Group, conhecido também como MPEG, estuda a possibilidade de transformar um novo formato de música digital, o MT9, no padrão internacional.
Criado pela empresa sul-coreana Audzen, o MT9 -conhecido comercialmente como Music 2.0- divide o arquivo de áudio em seis canais, tais como vocais, guitarra e baixo.
Os usuários podem aumentar ou diminuir o volume dos diferentes canais. Dessa forma, qualquer pessoa poderá até isolar um único elemento.

Aposta
Segundo o jornal "Korea Times", investidores afirmaram que o novo formato substituirá o MP3, tornando-se o padrão de todas as músicas digitais. No entanto, algumas máximas da indústria da música prometem atrapalhar seu caminho.
Para substituir o MP3 por um novo padrão de música digital, os distribuidores precisam que seus parceiros nas gravadoras forneçam-lhes músicas codificadas no novo formato. Isso significa que todos os grandes selos e as gravadoras independentes teriam que, um dia, concordar com a utilização da nova tecnologia.
Depois eles precisariam que os fabricantes de programas e aparelhos para ouvir música começassem a fazer produtos compatíveis.

União inédita
Adotar um novo formato de música digital requer ainda um nível sem precedentes de cooperação entre as gravadoras, os distribuidores de música e os fabricantes de aparelhos.
Além disso, será necessário que o novo padrão responda aos anseios dos consumidores comuns.
"Para o consumidor, o valor de algo depende da funcionalidade dele", disse Christopher Allen, diretor de criação do Napster, uma loja de músicas on-line.
Para Allen, é preciso que um formato de arquivo digital funcione, com todos os recursos disponíveis, em ambientes diferentes, como o micro, a internet e o tocador de música. Apesar das dificuldades, o novo formato é exatamente aquilo de que o setor precisa para incentivar as compras digitais de música.
O MP3 atual não oferece aos distribuidores de música um produto suficientemente diferente daquilo que as pessoas conseguem quando simplesmente digitalizam seus CD em casa.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO

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