São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2004

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MULTIMÍDIA

Leia teste exclusivo do Premiere Elements, versão simplificada de programa profissional; efeitos visuais são destaque

Soft para iniciante facilita edição de vídeo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Adobe (www.adobe.com.br) está lançando uma versão simplificada de seu programa de edição de vídeo profissional, o Premiere, seguindo estratégia adotada pela Pinnacle e pela Apple. O novo software, que se chama Premiere Elements e foi testado com exclusividade pela Folha, se destina ao usuário doméstico que tem uma câmera e deseja fazer filmes.
O Elements tem muitos dos recursos do Premiere, mas seu painel foi modificado para tornar mais óbvio o processo de captura, edição e finalização de vídeos. A barra de botões traz cinco opções, da esquerda para a direita: Capture (para transferir o conteúdo de uma fita para o micro), Edit (para apagar, cortar e reorganizar cenas), Effects (para acrescentar transições animadas e retocar a imagem e o som), Titles (gerador de caracteres), DVD (para gravar o resultado num DVD) e Export (para gerar um arquivo de vídeo no formato QuickTime, Windows Media ou MPEG).
A captura de vídeo digital continua exigindo muito espaço no disco rígido do micro -como o Elements captura com resolução total, ou seja, não tem o sistema de compressão e descompressão automática presente em outros softwares, cada hora de gravação requer cerca de 13 Gbytes.
Se o seu PC tem pouco espaço, a solução mais simples é instalar um disco rígido externo (um exemplo é o LaCie de 250 Gbytes, que custa R$ 1.739 em www.superkit.com.br).
O Elements tem uma função de cortes automáticos que facilita muito a edição (ela detecta e separa em arquivos distintos as cenas contidas na fita). Apesar disso, o software não é tão fácil de usar quanto o editor Windows Movie Maker, que vem embutido no sistema Windows XP. As opções do Movie Maker são descritas de modo mais explícito e organizadas em ordem mais lógica.
A função SteadyMove, que faz parte da versão profissional do Premiere e serve para reduzir tremores em cenas gravadas em movimento, não existe no Elements.
Essa é a única falha da coleção de plug-ins (acessórios inclusos no software), que é muito boa: reúne muitas opções, tem organização fácil -você pode criar uma pasta com os seus plug-ins preferidos- e permite que o resultado seja avaliado imediatamente, ou seja, sem esperar a renderização (processamento) do vídeo.
O Elements se destaca na finalização dos vídeos. Se o micro tiver um gravador de DVD, é possível criar menus de aparência profissional e dividir o vídeo em capítulos. Além disso, o programa também gera discos nos formatos VCD e SVCD, algo importante para computadores que só têm gravador de CDs.
Seu ponto fraco é o preço -o valor no Brasil não foi divulgado, mas, nos EUA, o produto custa US$ 100. Isso permite deduzir que, no Brasil, ele custará pelo menos o triplo do concorrente Pinnacle Studio (R$ 120; www.pinnaclesysla.com).

Software grátis
Se você não quer gastar, mas está cansado do Windows Movie Maker, experimente o Avid FreeDV. Gratuito (42,1 Mbytes; www.avid.com/freedv), ele é uma versão básica da linha Avid, altamente respeitada entre profissionais de TV e cinema. O software tem interface um pouco confusa e apresenta limitações -aceita no máximo duas pistas de áudio e duas de vídeo em cada filme-, mas traz bons recursos, como exportação no formato QuickTime e exibição do Timecode (referência que permite cortar e montar cenas com total precisão). (BG)

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