DA REUTERS

Um chip que torna um inexpressivo aparelho de som de carro capaz de reproduzir a qualidade de som obtida em um estúdio. O sonho de muitos motoristas começa a se materializar.
O engenheiro acústico Toni Bongiovi, que já trabalhou com Jimi Hendrix, por muito tempo ficou desapontado com a qualidade de áudio dos equipamentos mais baratos e populares.
Agora, ele acredita ter criado uma solução: uma técnica para processamento de som que debutou em um aparelho da JVC para carros, na semana passada.

Tecnologia abrangente
"Caixas de som são como dispositivos primitivos, mas, com tecnologia digital, nós podemos superar isso", disse Bongiovi.
A técnica, batizada de Digital Power Station, foi criada por Bongiovi para um estúdio e pode ser descrita como um equalizador bastante sofisticado. Isso é conseguido pelo processamento digital do sinal. A tecnologia está presente, virtualmente, em todos os produtos de áudio. Mas, de acordo com Bongiovi, ela nunca foi empregada especificamente dessa forma.
Para atingir os efeitos desejados, Bongiovi projetou um equipamento do tamanho de uma geladeira. Em seguida, pediu a Glenn Zelniker, um especialista em processamento digital de sinais, para programar um chip que fizesse a mesma coisa. "A técnica realmente permite que a fonte de som seja ouvida muito bem, criando um ambiente sonoro muito, muito qualificado", disse Zelniker.
O chip é programado especificamente para cada modelo de carro, já que é preciso considerar características das caixas de som e do interior do veículo, passando por ajustes.

Resultados promissores
Em uma demonstração para a imprensa, em um Ford Focus com as caixas de som padrões, o aparelho JVC KD-S100 produziu uma qualidade de áudio radicalmente diferente da original com o chip Digital Power Station em funcionamento, segundo depoimentos.
Bongiovi vê outras aplicações para a tecnologia, como melhorar o som de um home-theater, mas ainda não tem planos específicos para utilizá-la em outros eletrônicos. "Eu quero que as pessoas em casa possam experimentar o que nós sentimos em um estúdio, e essa é a única forma de fazê-lo", disse.

 

 

Uma pesquisa divulgada na semana passada pelo Greenpeace (www.greenpeace.org) colocou a Apple no último lugar entre 14 grandes fabricantes de computadores pessoais e de telefones celulares no que se refere a cuidados ambientais com seus produtos.
O ranking considera dois critérios: a eliminação de substâncias tóxicas nos produtos e a coleta e a reciclagem dos equipamentos usados.
No estudo, o Greenpeace diz que a posição é surpreendente para uma empresa que reivindica ser líder no design de seus produtos. Na pesquisa anterior, de agosto deste ano, a Apple ocupava o décimo lugar.
A Nokia, pela segunda vez, é a primeira na tabela, elogiada tanto pela eliminação de substâncias tóxicas de seus equipamentos quanto pelo cuidado com a reciclagem.
A Motorola foi a empresa que mais evoluiu, segundo o Greenpeace: passou do penúltimo para o quarto lugar.