São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

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reportagem de capa

Mundo 3D chega mais perto de casa

CES 2009 >> Empresas mostram TVs com imagens tridimensionais; estão em testes sistemas que não usam óculos especiais

DO ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS

Para desfrutar da exuberância tridimensional, não bastará sentar-se em frente a uma televisão fininha usando óculos especiais. O que empresas como Sony, Panasonic, Samsung, LG e Mitsubishi mostraram na CES ainda são protótipos de TV especiais, com capacidade 3D. Ou seja, por mais modernos que sejam os televisores à venda hoje, eles não são capazes de reproduzir o 3D estereoscópico, que é o nome dado às imagens que pulam da tela.
Exibidas no estande da Panasonic, as imagens capturadas na Olimpíada de Pequim mostravam-se especialmente deslumbrantes. O curta-metragem "Tree Robo", mostrado pela LG, tinha imagens que instigavam os espectadores a mover os braços no ar, como que para tentar tocá-las.
A Sony montou uma verdadeira sala de cinema. Mas a experiência mais rica e imersiva se obtém à frente de telas menores -o que, neste caso, significa cerca de 50 polegadas.
Comum às apresentações de todas as empresas foi um certo ar de mistério. "É apenas uma tecnologia que estamos demonstrando, não é um produto de verdade", respondiam alguns representantes quando questionados sobre preços e datas de lançamento. Mas o fato de boa parte das demonstrações usarem discos comuns de Blu-ray é um dos indicativos de que a distância entre o cinema 3D em casa e o consumidor nunca foi tão pequena.
Sem revelar mais detalhes, a Panasonic afirmou que pretende colocar no mercado televisores com capacidade 3D já em 2010. Outra boa notícia: as indústrias eletrônica e cinematográfica discutem o desenvolvimento de um padrão único para o 3D, a fim de evitar mais uma briga de formatos como a que opôs recentemente Blu-ray e HD DVD.

Sem óculos
Apesar de os óculos 3D recentes proporcionarem uma experiência bem mais confortável do que a de gerações anteriores, há quem ainda os considere incômodos.
Pois Samsung e LG demonstraram na CES televisores 3D que não requerem tais acessórios. As imagens exibidas nesses aparelhos têm falhas bem visíveis, e o recurso foi demonstrado por meio de animações simplórias. Mas o resultado é bom o suficiente para evidenciar o potencial da tecnologia.
Neste ano, a corrida irracional em direção à maior TV do mundo arrefeceu um pouco -afinal, são pouquíssimas as pessoas aptas e dispostas a desembolsar US$ 200 mil por um aparelho gigantesco, muito menos em tempos de crise.
As disputas se deram mais na arena da magreza, em que as medidas dos televisores eram contadas em milímetros, e na taxa de quadros por segundo, representada em Hz, que indica a fluidez do movimento.
Geralmente com frequência de 60 Hz, os modelos atuais de TVs de LCD deixam borradas cenas de movimento intenso. Com frequências de 120 Hz e 240 Hz de novos aparelhos demonstrados lado a lado na CES, o problema chega ao fim -mas a diferença entre esses dois últimos valores é quase imperceptível. (RAFAEL CAPANEMA)


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