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reportagem de capa
Mundo 3D chega mais perto de casa
CES 2009 >> Empresas mostram TVs com imagens tridimensionais; estão em testes sistemas que não usam óculos especiais
DO ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS
Para desfrutar da exuberância tridimensional, não bastará
sentar-se em frente a uma televisão fininha usando óculos especiais. O que empresas como
Sony, Panasonic, Samsung, LG
e Mitsubishi mostraram na
CES ainda são protótipos de TV
especiais, com capacidade 3D.
Ou seja, por mais modernos
que sejam os televisores à venda hoje, eles não são capazes de
reproduzir o 3D estereoscópico, que é o nome dado às imagens que pulam da tela.
Exibidas no estande da Panasonic, as imagens capturadas
na Olimpíada de Pequim mostravam-se especialmente deslumbrantes. O curta-metragem
"Tree Robo", mostrado pela
LG, tinha imagens que instigavam os espectadores a mover
os braços no ar, como que para
tentar tocá-las.
A Sony montou uma verdadeira sala de cinema. Mas a experiência mais rica e imersiva
se obtém à frente de telas menores -o que, neste caso, significa cerca de 50 polegadas.
Comum às apresentações de
todas as empresas foi um certo
ar de mistério. "É apenas uma
tecnologia que estamos demonstrando, não é um produto
de verdade", respondiam alguns representantes quando
questionados sobre preços e
datas de lançamento. Mas o fato de boa parte das demonstrações usarem discos comuns de
Blu-ray é um dos indicativos de
que a distância entre o cinema
3D em casa e o consumidor
nunca foi tão pequena.
Sem revelar mais detalhes, a
Panasonic afirmou que pretende colocar no mercado televisores com capacidade 3D já em
2010. Outra boa notícia: as indústrias eletrônica e cinematográfica discutem o desenvolvimento de um padrão único para o 3D, a fim de evitar mais
uma briga de formatos como a
que opôs recentemente Blu-ray
e HD DVD.
Sem óculos
Apesar de os óculos 3D recentes proporcionarem uma
experiência bem mais confortável do que a de gerações anteriores, há quem ainda os considere incômodos.
Pois Samsung e LG demonstraram na CES televisores 3D
que não requerem tais acessórios. As imagens exibidas nesses aparelhos têm falhas bem
visíveis, e o recurso foi demonstrado por meio de animações
simplórias. Mas o resultado é
bom o suficiente para evidenciar o potencial da tecnologia.
Neste ano, a corrida irracional em direção à maior TV do
mundo arrefeceu um pouco
-afinal, são pouquíssimas as
pessoas aptas e dispostas a desembolsar US$ 200 mil por um
aparelho gigantesco, muito menos em tempos de crise.
As disputas se deram mais na
arena da magreza, em que as
medidas dos televisores eram
contadas em milímetros, e na
taxa de quadros por segundo,
representada em Hz, que indica a fluidez do movimento.
Geralmente com frequência
de 60 Hz, os modelos atuais de
TVs de LCD deixam borradas
cenas de movimento intenso.
Com frequências de 120 Hz e
240 Hz de novos aparelhos demonstrados lado a lado na CES,
o problema chega ao fim -mas
a diferença entre esses dois últimos valores é quase imperceptível.
(RAFAEL CAPANEMA)
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