São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008

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reportagem de capa

Sites ampliam funções do iPhone

OFF-LINE > Hackers desenvolvem aplicações para o celular; Apple deve começar a vender softs em junho

DA REPORTAGEM LOCAL

O iPhone vem com aplicativos e acesso a sites especialmente desenhados para ele. Por exemplo, previsão do tempo, mapa e e-mail estão a um toque do menu principal.
Além disso, são muitas as páginas de terceiros -que abrangem aplicativos de produtividade, jogos e até redes sociais- projetadas para encaixar e ter fácil navegação na telinha.
A Apple reúne mais de mil sites para o celular em www.apple.com/webapps. Os programas estão divididos em categorias como produtividade, jogos, notícias e redes sociais.
Outra lista de aplicativos on-line para o telefone é a iphoneapplicationlist.com. Brasileiros criaram uma página que monitora o trânsito de alguns lugares (transito.iphone goodi.es), até com webcam.

Terceiros intrometidos
Os programas on-line eram uma aposta da Apple, mas hackers logo demonstraram que o telefone tinha mais a oferecer e fizeram softwares para ser instalados no aparelho -para isso, mesmo o aparelhos autorizados precisam passar pelo processo chamado de jail break -fuga da prisão, em uma tradução livre.
Esses softwares são chamados de aplicativos nativos no iPhone (native apps). Páginas como www.modmyifone.com/nativeapps reúnem os mais populares. Tais programas podem causar problemas de funcionamento no aparelho e até o bloqueio total (brick), principalmente durante a atualização do firmware.
Alguns desses softwares não-autorizados pela Apple impressionam, como o aMaze, em que o jogador controla uma bola que deve ultrapassar obstáculos. O controle é o próprio aparelho: você inclina para a direita, para baixo etc., e a bolinha rola na direção correta.
Há ainda simuladores de instrumentos musicais como piano e até bateria -existe uma banda que usa apenas o iPhone, a iBand (iband.at).
Também existem programas sérios, como para manipular documentos PDF, DOC, TXT etc. e gerenciar configurações do telefone, como a apresentação dos ícones. Alguns outros softwares facilitam a instalação desses aplicativos, com apenas um toque. Funcionam de acordo com a versão do firmware do telefone.
Em março, a Apple liberou seu kit de desenvolvimento de software (SDK), para que terceiros criem aplicativos autorizados para o iPhone.
Esses programas devem chegar em junho e serão vendidos via iTunes, com divisão de renda entre produtor e empresa.
Haverá a opção de distribuição gratuita também, mas sempre via canais da Apple.
No Brasil, existem empresas que fazem o desbloqueio e instalam programas. Cássio Simões, da iPhonesp.com.br, que destranca o telefone para ser utilizado no Brasil, além de prestar assistência técnica para o aparelho, diz que é importante o usuário ter conhecimento do firmware para tentar fazer o desbloqueio sozinho. "Há risco de travar -é preciso olhar versão de firmware, de hardware."
Ele afirma ainda que muitos problemas aparecem na hora da atualização do sistema operacional. Segundo ele, a empresa destrava cerca de dez telefones por dia -já chegou a fazer 50 diariamente. "Foram mais de 5.000 desde o começo. Os clientes são executivos, médicos, gente estabelecida. Não querem fuçar na internet ou arriscar."
Segundo Cássio, um dos principais problemas levados à assistência técnica é o mau funcionamento da tela sensível. "Ele é meio frágil a quedas; é preciso ter a capa de proteção da tela e estojo." (GUVB)


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