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Perfil serve para publicidade no Facebook
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais vale a recomendação de
um amigo do que um anúncio
perdido na vastidão da internet. Na semana passada, a rede
social Facebook apresentou
seu plano para melhorar as receitas com publicidade. A iniciativa consiste, basicamente,
em permitir que as pessoas
compartilhem informações publicitárias a partir da ferramenta SocialAds.
A rede social, que teve 1,6%
adquirido pela Microsoft e está
avaliada em US$ 15 bilhões, começou a vender anúncios que
colocam perfis de usuários próximos a mensagens comerciais.
Vai funcionar assim: se um
usuário aluga um filme na
Blockbuster e comenta no Facebook, surgirá uma pergunta
sobre se ele quer compartilhar
a escolha com os amigos, que
poderão receberão a notícia
"embalada" pela marca da empresa e pela foto do usuário.
A novidade do Facebook levanta questionamentos sobre o
uso que empresas fazem de dados fornecidos por internautas.
Um exemplo é a Amazon.com, que faz indicações de
livros baseadas nas compras do
usuário e, também, nas listas
de internautas que compraram
produtos iguais.
As empresas afirmam que as
informações não são vendidas,
mas iniciativas como as apontadas acima mostram que detalhes revelados em um perfil podem virar fonte de renda.
O Google, sempre questionado sobre sua política de privacidade, teve a pior avaliação entre sites como Amazon, eBay e
Last.FM. A organização Privacy Internacional divulgou
um estudo que deu ao gigante
das buscas o título de empresa
hostil à privacidade. Segundo a
organização, o Google não adota políticas transparentes, não
responde a queixas dos usuários e usa métodos invasivos
para coletar dados e desenvolver ferramentas.
"O Google é uma das empresas que têm mais rigidez em relação à política de privacidade.
O Google tem informações e
não as comercializa, não faz
spam nem mala direta, como
tantos outros servidores", rebate Félix Ximenes, diretor de
comunicação do Google Brasil.
Em relação à violação de privacidade, Ximenes avalia que o
risco não está no serviço, mas
no comportamento do usuário.
"Muita gente acessa a internet
em uma LAN house, faz login
no serviço, navega, vai embora
e deixa a maquina cheia de informações."
Quanto aos anúncios que ficam dentro do Gmail, ele explica: "Os e-mails não são lidos. O
que acontece é: a máquina lê algumas palavras aleatórias e faz
a junção com palavras que estão no anúncio. Não há um ser
humano analisando isso."(DA)
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