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Vídeo erótico de vereadora cai na rede
DA REPORTAGEM LOCAL
A vereadora Andrea Puríssimo, de Santo Anastácio (596
km de SP), estava em uma viagem quando recebeu uma ligação da família avisando que um
vídeo seu, protagonizando cenas de sexo com um parceiro
casual, havia vazado para celulares e para a internet.
"Não tenho ideia de como o
vídeo foi parar na internet",
disse a vereadora à Folha. Apesar do burburinho que as cenas
causaram na cidade do interior, Andrea afirma que não sofreu maiores danos. "Foi mais
um movimento psíquico, porque tenho uma família, uma filha menor de idade. Mas não
fui prejudicada no trabalho."
O suplente de Andrea, no entanto, pediu a criação de uma
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito), que não foi adiante.
Hoje, três advogados cuidam
do caso. "Espero que o episódio
sirva de alerta para outras pessoas, para que elas pensem nas
consequências de expor alguém. Exposição da vida íntima é algo que ninguém deve fazer", afirma Andrea.
Serviço on-line
A publicitária Priscila Sobral,
33, estranhou quando começou
a receber ligações seguidas de
homens que iniciavam a conversa falando de fantasias e posições sexuais.
Sem entender nada, ela questionava: "Do que você está falando?". Eles retrucavam: "Você não é a Priscila, do site tal?".
Depois de alguns telefonemas,
ela resolveu digitar o endereço.
E teve uma surpresa: uma foto
de outra pessoa, acompanhada
de seu nome verdadeiro e de
seu telefone e e-mail do trabalho, estava publicada junto a
textos picantes, que ofereciam
serviços de garota de programa.
"Você está trabalhando, e alguém liga em busca de sexo. É
muito constrangedor. Tive que
me expor para a família, para os
colegas de trabalho", disse em
entrevista à Folha.
Cansada das agressões on-line, Priscila foi procurar um advogado especializado em crimes eletrônicos, que conseguiu
um mandado de busca e
apreensão do equipamento de
onde eram feitas as ameaças.
Agora, ela acompanha o processo judicial. "Acho que quem
fez isso não esperava esse desfecho. Não vai dar cadeia, mas a
pessoa tem que pagar pelo que
fez, aprender que não se pode
brincar assim, mexer com a
dignidade, com a moral de alguém. Mas o que eu passei, ninguém paga", diz.
Da internet para o cinema
Quando era adolescente, ainda nos tempos do VHS, o cineasta Daniel Aragão, 28, se viu
em maus lençóis ao ter um vídeo de sexo protagonizado com
a então namorada espalhado
no boca a boca entre seus amigos. Ele aproveitou a experiência para fazer, anos depois, um
filme sobre o assunto.
O curta-metragem "Não Me
Deixe em Casa" aborda "como
as pessoas se isolam do mundo
quando estão amando", diz.
Com estreia prevista para
agosto, o filme fala sobre as
consequências da exposição e,
também, sobre como é natural
para os adolescentes lidarem
com a tecnologia.
(DA)
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