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Navegação precisa de limites
DA REPORTAGEM LOCAL
Você colocaria fotos de
momentos variados da sua
vida no mural da escola,
para todo mundo ver, sem
refletir bastante sobre o
assunto?
É usando essa questão
que Rodrigo Nejim, diretor de prevenção da ONG
Safernet, alerta para os perigos de disponibilizar
fragmentos da vida na internet.
Pesquisa realizada pela
organização não governamental aponta que 53%
das crianças e dos adolescentes afirmaram já ter
encontrado conteúdo impróprio na rede. Ao mesmo tempo, 87% afirmam
que não têm limites para
navegar -38% dizem ter
medo de encontrar um
adulto mal intencionado
enquanto navegam e 28%
dizem ter encontrado pessoalmente alguém que conheceram na rede.
"São sinais de que crianças e adolescentes ainda
não têm dimensão de que
a internet é um espaço público. As fotos que a gente
publica não são vistas apenas pelos amigos e pela família. Qualquer um pode
vê-las", diz.
A pesquisa aponta, também, que 21% dos entrevistados nunca se sentem
seguros na internet - 38%
foram vítimas de ciberbullying; 29% já tiveram
seus dados/perfil roubados; e 26% nunca buscaram dicas de proteção.
"As pessoas têm uma
ideia de que a internet é
uma terra sem lei, de anonimato completo, de impunidade. E não é bem assim", afirma Nejim.
Segundo ele, pais e filhos precisam conversar
sobre a forma como usam
a internet. "Da mesma forma que as crianças não podem aceitar balas de estranhos, elas não devem aceitar e-mails estranhos, pedidos de amizade de estranhos no Orkut, no MSN."
Não adianta, no entanto,
proibir o uso da internet
nem vigiar o comportamento dos filhos. "É preciso dialogar, orientar e fazer um acompanhamento", diz.
(DA)
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