São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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Navegação precisa de limites

DA REPORTAGEM LOCAL

Você colocaria fotos de momentos variados da sua vida no mural da escola, para todo mundo ver, sem refletir bastante sobre o assunto?
É usando essa questão que Rodrigo Nejim, diretor de prevenção da ONG Safernet, alerta para os perigos de disponibilizar fragmentos da vida na internet.
Pesquisa realizada pela organização não governamental aponta que 53% das crianças e dos adolescentes afirmaram já ter encontrado conteúdo impróprio na rede. Ao mesmo tempo, 87% afirmam que não têm limites para navegar -38% dizem ter medo de encontrar um adulto mal intencionado enquanto navegam e 28% dizem ter encontrado pessoalmente alguém que conheceram na rede.
"São sinais de que crianças e adolescentes ainda não têm dimensão de que a internet é um espaço público. As fotos que a gente publica não são vistas apenas pelos amigos e pela família. Qualquer um pode vê-las", diz.
A pesquisa aponta, também, que 21% dos entrevistados nunca se sentem seguros na internet - 38% foram vítimas de ciberbullying; 29% já tiveram seus dados/perfil roubados; e 26% nunca buscaram dicas de proteção.
"As pessoas têm uma ideia de que a internet é uma terra sem lei, de anonimato completo, de impunidade. E não é bem assim", afirma Nejim.
Segundo ele, pais e filhos precisam conversar sobre a forma como usam a internet. "Da mesma forma que as crianças não podem aceitar balas de estranhos, elas não devem aceitar e-mails estranhos, pedidos de amizade de estranhos no Orkut, no MSN."
Não adianta, no entanto, proibir o uso da internet nem vigiar o comportamento dos filhos. "É preciso dialogar, orientar e fazer um acompanhamento", diz. (DA)


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