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Games
Na telinha, você pode ser malvado
Confira alguns jogos em que seus piores instintos podem vir à tona sem as conseqüências da vida real
LOU KESTEN
DA ASSOCIATED PRESS
Um dos elementos responsáveis por tornar os videogames
tão atraentes consiste no fato
de eles permitirem ao usuário
ser algo que ele não é: um jogador da liga de futebol americano, um ninja capaz de voar ou
um piloto de espaçonave.
E já que a maior parte de nós
tenta se comportar direitinho
na vida real, os videogames oferecem o único lugar no qual se
pode ser mau sem maiores conseqüências.
Em Grand Theft Auto, da
Rockstar, não é muito difícil safar-se de um assassinato, por
exemplo. Destroy All Humans!
faz de um invasor alienígena
um herói; Stubbs the Zombie
coloca o usuário no papel de
um morto-vivo que arrasta os
pés e come carne. Confira a seguir outros títulos sombrios.
Shin Megami Tensei:
Persona 3
O personagem do jogador em
Persona 3 (Atlus, para PlayStation 2, US$ 49,99) não é necessariamente mau, mas, na cabeça dele, há um amontoado de
demônios loucos para sair e
provocar situações infernais.
A imagem mais perturbadora apresenta-se quando o personagem liberta os monstros:
colocando um "conjurador" em
forma de arma na cabeça e puxando o gatilho.
Esse lançamento da série japonesa Shin Megami Tensei (o
título significa algo como Ressurreição da Verdadeira Deusa) acompanha as aventuras de
um grupo de estudantes com o
poder de despertar as personas
demoníacas existentes na cabeça de cada um.
Essas são também as únicas
pessoas capazes de ficar acordadas durante a Dark Hour
(hora negra), um episódio noturno no qual a escola deles
transforma-se em um labirinto
coalhado de monstros.
The Darkness
Jackie Estacado, o jovem assassino da máfia, é um cara
mau. E fica ainda mais malvado
ao completar 21 anos e descobrir que abriga em si The Darkness (A Escuridão), uma entidade maléfica que habita os corações humanos. Para piorar as
coisas, o chefe de sua gangue, o
Tio Paulie, deseja a morte dele.
O jogador verá toda a ação
por meio dos olhos de Jackie, e
The Darkness surge na forma
de duas cabeças reptilianas em
cada um dos lados da tela.
The Darkness consegue mastigar os capangas de Paulie e
mesmo criar um buraco negro.
Mas seus poderes diminuem
sob a luz, de forma que Jackie
precisa atirar nos postes de iluminação e ficar nas sombras.
The Darkness, o jogo (2K Games, para Xbox 360 e PlayStation 3, US$ 59,99), começa em
uma cidade de Nova York obscura e habitada estranhamente
por um pequeno número de
moradores.
Logo, porém, passa-se a uma
segunda locação, na qual Jackie
descobre outras coisas sobre
seu terrível legado.
Overlord
A vida não parece mesmo fácil para um gênio do mal, particularmente se esse personagem acabou de ser ressuscitado
dos mortos e conta somente
com um pequeno grupo de
duendes subservientes sob o
comando dele.
Os controles do Overlord
(Codemasters, para Xbox 360,
US$ 59,99) são meio estranhos,
e os enigmas surgidos ali se revelam geralmente óbvios, exigindo que o jogador reúna um
certo número de subalternos e
então os encarregue de passar
por cima do que quer que esteja
à frente. Ainda assim, Overlord
representa uma engenhosa e
engraçada reviravolta no gênero espada e bruxaria.
Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO
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