São Paulo, quarta-feira, 15 de agosto de 2007

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Games

Na telinha, você pode ser malvado

Confira alguns jogos em que seus piores instintos podem vir à tona sem as conseqüências da vida real

LOU KESTEN
DA ASSOCIATED PRESS

Um dos elementos responsáveis por tornar os videogames tão atraentes consiste no fato de eles permitirem ao usuário ser algo que ele não é: um jogador da liga de futebol americano, um ninja capaz de voar ou um piloto de espaçonave. E já que a maior parte de nós tenta se comportar direitinho na vida real, os videogames oferecem o único lugar no qual se pode ser mau sem maiores conseqüências.
Em Grand Theft Auto, da Rockstar, não é muito difícil safar-se de um assassinato, por exemplo. Destroy All Humans! faz de um invasor alienígena um herói; Stubbs the Zombie coloca o usuário no papel de um morto-vivo que arrasta os pés e come carne. Confira a seguir outros títulos sombrios.

Shin Megami Tensei: Persona 3
O personagem do jogador em Persona 3 (Atlus, para PlayStation 2, US$ 49,99) não é necessariamente mau, mas, na cabeça dele, há um amontoado de demônios loucos para sair e provocar situações infernais. A imagem mais perturbadora apresenta-se quando o personagem liberta os monstros: colocando um "conjurador" em forma de arma na cabeça e puxando o gatilho.
Esse lançamento da série japonesa Shin Megami Tensei (o título significa algo como Ressurreição da Verdadeira Deusa) acompanha as aventuras de um grupo de estudantes com o poder de despertar as personas demoníacas existentes na cabeça de cada um. Essas são também as únicas pessoas capazes de ficar acordadas durante a Dark Hour (hora negra), um episódio noturno no qual a escola deles transforma-se em um labirinto coalhado de monstros.

The Darkness
Jackie Estacado, o jovem assassino da máfia, é um cara mau. E fica ainda mais malvado ao completar 21 anos e descobrir que abriga em si The Darkness (A Escuridão), uma entidade maléfica que habita os corações humanos. Para piorar as coisas, o chefe de sua gangue, o Tio Paulie, deseja a morte dele. O jogador verá toda a ação por meio dos olhos de Jackie, e The Darkness surge na forma de duas cabeças reptilianas em cada um dos lados da tela.
The Darkness consegue mastigar os capangas de Paulie e mesmo criar um buraco negro. Mas seus poderes diminuem sob a luz, de forma que Jackie precisa atirar nos postes de iluminação e ficar nas sombras. The Darkness, o jogo (2K Games, para Xbox 360 e PlayStation 3, US$ 59,99), começa em uma cidade de Nova York obscura e habitada estranhamente por um pequeno número de moradores. Logo, porém, passa-se a uma segunda locação, na qual Jackie descobre outras coisas sobre seu terrível legado.

Overlord
A vida não parece mesmo fácil para um gênio do mal, particularmente se esse personagem acabou de ser ressuscitado dos mortos e conta somente com um pequeno grupo de duendes subservientes sob o comando dele. Os controles do Overlord (Codemasters, para Xbox 360, US$ 59,99) são meio estranhos, e os enigmas surgidos ali se revelam geralmente óbvios, exigindo que o jogador reúna um certo número de subalternos e então os encarregue de passar por cima do que quer que esteja à frente. Ainda assim, Overlord representa uma engenhosa e engraçada reviravolta no gênero espada e bruxaria.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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