São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2001

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IDIOMAS ON-LINE

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Internet dá aulas de línguas estrangeiras

MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL

Agenda lotada de compromissos de trabalho e sem tempo algum para frequentar escolas de línguas estrangeiras. Não há mais desculpas para deixar de estudar e continuar falando um inglês macarrônico. A internet tem centenas de cursos on-line. Com disciplina, segundo os organizadores das ciberescolas, é possível sair do zero e ganhar fluência.
Mas isso não é consenso entre coordenadores pedagógicos das escolas consultadas pela Folha. Alguns acreditam que é possível usar somente a internet como ferramenta para aprender um idioma. Outros opinam que a rede mundial pode resolver o problema, mas é necessária a presença do aluno, pelo menos para um contato mínimo.
Essa é a opinião de Katia Sanson, professora da Aliança Francesa, em São Paulo, que há três anos começou a desenvolver estudos para futuras aplicações na internet com a direção da escola e outros colegas.
As escolas convencionais de idiomas foram as primeiras a apostar na rede. A Alumni, por exemplo, tem cursos de inglês on-line -com módulos para os níveis básico, intermediário e avançado- há dois anos e meio.
Os alunos contam hoje com recursos de chat pelo teclado, mas, até o final do ano, segundo Viviane Vladimirschi, supervisora de cursos on-line, a escola deverá implementar chat de voz, e os alunos de cursos regulares poderão acessar o site para usá-lo como complemento.
Outra escola que apostou na internet para alunos sem tempo foi a Cultura Inglesa.
No ano passado, Colin Paton deixou a direção dessa instituição e assumiu o conteúdo do site Cultura Inglesa Online, que oferece vários recursos gratuitos aos internautas.
O destaque, porém, são os cursos pagos com chat de voz, em que o aluno pode marcar hora com o professor para bater papo on-line. Segundo Paton, desde que o site abriu, em setembro passado, já se cadastraram 70 mil pessoas.
Quem não quer pagar um tostão para estudar um idioma também tem sua vez na rede mundial. Há centenas de sites que oferecem cursos gratuitos. A maioria deles, no entanto, usa esse artifício para atrair o público para o conteúdo pago.
Ou seja, ao chegar aos níveis intermediário ou avançado, o aluno vai encontrar poucos recursos para poder seguir adiante.
Para fugir desse artifício, o interessado precisa munir-se de uma série de ferramentas: além de estar inscrito em um curso on-line (veja quadro), é preciso ter na lista de favoritos bons ciberdicionários e endereços para exercícios de gramática. Também é aconselhável ler jornais estrangeiros e textos complementares sobre assuntos de seu interesse.
Para checar a pronúncia correta de uma palavra, o internauta encontra na rede dicionários com recursos de áudio. Sites com cursos gratuitos têm salas de bate-papo em que o internauta pode encontrar colegas para praticar o idioma desejado.
Na opinião de alguns profissionais, no entanto, é preciso que o aluno tome contato com professores para praticar a comunicação oral e corrigir exercícios. Nesse ponto, Viviane Vladimirschi acredita que o aluno vai poder abrir mão das salas convencionais somente com a melhora da velocidade da conexão.
Além de um PC com acesso à internet, o ciberaluno precisa de placa de som, microfone e caixas acústicas (ou fones de ouvido).


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