Empresas gigantes deixam arestas no caminho da hegemonia global

RODOLFO LUCENA
EDITOR DE INFORMÁTICA

Elas são as donas do mundo. Dominam os computadores, o som digital e as buscas internéticas. Seus dirigentes são admirados como estrelas do cinema, e suas ações atingem preços estratosféricos. Fazem e desfazem a seu bel-prazer.
Tamanho poder também gera falhas e irritações. E, se alguém ousa ferir o coro dos contentes, a voz é calada sem misericórdia. Mas não sem regurgitações.
Na semana passada, ficou exposto na internet o "barraco" ocorrido na "PC World", uma das grandes publicações internacionais de informática. Um editor pediu demissão porque foi proibido de publicar um texto sobre "dez razões para odiar a Apple". O caso gerou indignação, e o cipó acabou batendo no lombo de quem mandou dar: o jornalista foi readmitido e seu algoz mandado para outro terreno.
A Apple aparenta ser uma corporação sem mácula (apesar dos recentes questionamentos sobre as contas de Steve Jobs), modernosa e bacaninha de modo geral, tanto que arrasta mesmo alguns milhões de fãs, uma espécie de partido da maçã, logotipo da empresa. A companhia assume e faz comerciais investindo nessa imagem de descolada.
No imaginário de applemaníacos (e linuxeiros), a Microsoft é a estrela da morte, faz programas de má qualidade, copia as coisas dos outros e por aí vai.
Os usuários de Windows talvez não sejam tão apaixonados, mas são fiéis, tanto que a empresa de Gates domina as mentes de mais de 90% dos computadores pessoais deste mundo.
Mas uma e outra se rendem ao poderio da jovem Google, que parecia crescer sem parar e, melhor ainda, sem gerar descontentamento nos seus usuários. O portal acumula críticas, porém, pelo estilo nebuloso com que lida com os dados de seus assinantes.
Nesta reportagem, você vai conhecer mais sobre o lado obscuro desse triunvirato que está moldando o século 21.


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