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TECNOLOGIA
Custando US$ 3.800, Robovie-M vem desmontado e consegue executar movimentos elaborados
Robô japonês é vendido em kit para montar
YURI KAGEYAMA
DA ASSOCIATED PRESS
Se você é o tipo de pessoa que
passa horas montando miniaturas de veículos radiocontrolados,
vai adorar o robô Robovie-M. Para as demais pessoas, a montagem
parece um aborrecimento.
Eu acreditava que os robôs deveriam economizar trabalho. Não
o Robovie-M. Esse robô, que é um
dos poucos de seu tipo à venda
como produto comercial, custa
US$ 3.800 e vem desmontado em
dúzias de pequenas peças -placas de alumínio, motores, cabos,
porcas e parafusos.
A montagem requer semanas
(ou meses), mas o trabalho em si
não exige mais habilidade do que
a construção de uma miniatura. É
o que diz a Vstone, empresa japonesa que criou o Robovie-M e
afirma já ter vendido quase todo o
seu primeiro lote de cem robôs (o
manual de instruções vem em japonês e inglês).
Este jornalista, que não se enquadra no perfil dos aficionados
por robôs, tomou a liberdade de
pular a montagem e brincou, por
algumas horas, com um modelo
já pronto, cujo cérebro é um microprocessador de 16 bits e cuja
fonte de energia são cinco baterias
recarregáveis do tipo AAA.
O Robovie-M não se parece em
nada com o amigável robô canino
Aibo, da Sony (US$ 1.800 nos Estados Unidos), cuja popularidade
emana de uma resposta aparentemente emocional a estímulos humanos. Mesmo quando já está
montado, o Robovie-M é uma
mistura confusa de motores, partes metálicas e cabos. Ele não tem
muito do que se poderia chamar
de inteligência artificial.
Uma vez ligado, o robô ganha
vida, caminhando com segurança. Ele responde muito bem aos
comandos de seu radiocontrolador. Apesar disso, não consegue
fazer muitas coisas úteis.
Ao contrário de outros robôs
humanóides experimentais, como o Qrio, da Sony, e o Asimo, da
Honda, que custariam mais caro
do que carros de luxo se estivessem à venda, o Robovie-M não
tem câmeras digitais no lugar de
olhos e não consegue falar nem
reconhecer palavras.
Outros robôs à venda no mercado japonês são ligeiramente mais
práticos do que o Robovie-M,
mas tendem a custar um pouco
mais. O quadrúpede Banryu, criado pelas empresas Tmusk e Sanyo
Electric, é alugado por aproximadamente US$ 2.200 diários. Ele
possui reconhecimento de voz,
transmite imagens via câmera digital e pode ser controlado por
meio de um telefone celular.
O Wakamaru, da Mitsubishi
Heavy Industries, tem aparência
mais humana, com uma cabeça
arredondada e dois olhos. Ele
consegue participar de conversas
simples, fica de olho na sua casa
quando você está fora e é capaz de
fazer pesquisas na internet. A
Mitsubishi pretende começar a
vendê-lo no próximo ano por
aproximadamente US$ 9.000.
O Maron-1, da Fuji, é mais acessível: US$ 2.900. Ele se parece a
um aspirador de pó e monitora a
casa do dono por meio de uma câmera. O Maron-1 ajuda a controlar remotamente os eletrodomésticos, pode ser dirigido via celular
e funciona como telefone.
O Robovie-M não é tão sofisticado, mas assistir a seus movimentos é interessante. Além de se
ajoelhar e socar o chão, como se
estivesse irritado, o robô pula e joga uma pequena bola.
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