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São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

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MÚSICA

Garota norte-americana sofre ameaça de processo por copiar canções

Associação acusa menina de 12 anos de fazer pirataria

DA REDAÇÃO

Uma menina de 12 anos se tornou a mais recente vítima da ação legal que a indústria fonográfica dos EUA move contra os internautas. A estudante nova-iorquina Brianna LaHara foi uma das 261 pessoas que receberam ameaças judiciais da Riaa, entidade que reúne as gravadoras norte-americanas. LaHara, que vive num edifício destinado a moradores de baixa renda, foi acusada de praticar a pirataria de músicas on-line depois que comprou, por US$ 30, a versão paga do programa KaZaA (www.kazaa.com), que dá acesso a arquivos audiovisuais e programas guardados nos micros de outras pessoas.
A Riaa ameaça os usuários do KaZaA e diz que eles podem ser condenados a pagar até US$ 150 mil para cada música pirateada que estiver gravada em seus PCs. A mãe de Brianna fez um acordo com a associação para evitar uma ação judicial.
"Eu me arrependo do que fiz. Eu adoro música e não quero prejudicar os artistas de que gosto", disse a menina. A Riaa acusou Brianna de baixar mais de mil músicas pirateadas, mas a menina e sua mãe dizem que apagavam as canções depois de ouvi-las.
Não está claro de que maneira a Riaa chegou ao nome de Brianna, mas a ameaça causou a revolta de um congressista dos EUA. "Vocês [as gravadoras] vão se dirigir a escolas primárias atrás de suspeitos [de pirataria]?", perguntou o senador Dick Durbin ao presidente da Riaa, Cary Sherman.
Sherman respondeu em tom de ameaça: "Nós estamos tentando mostrar às pessoas que elas podem ser pegas, e que portanto não devem adotar essa prática [usar softwares como o KaZaA]".
No Brasil, a Apdif (www.apdif.org.br), equivalente nacional da Riaa, diz que não pretende tomar medidas similares, mas não descarta fazê-lo no futuro.


Com agências internacionais


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