São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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A face da vez

Daniel Acker/Bloomberg News
Mark Zuckerberg, 23, que criou um software para música quando estava na 6ª série, hoje é o manda-chuva do Facebook, rede de relacionamento que pode valer bilhões

CAMILA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2004, Mark Zuckerberg, então com 20 anos, teve uma idéia: fazer um site que conectasse todos os membros da Universidade Harvard, onde estudava. Era fevereiro quando esse nova-iorquino e os colegas Andrew McCollum, Dustin Moskovitz e Chris Hughes puseram o Facebook no ar.
Provavelmente não imaginavam que a rede social, sediada em Palo Alto, na Califórnia, se tornaria a segunda maior do mundo e o sexto site mais visitado dos EUA. São mais de 43 milhões de usuários ativos e 54 bilhões de páginas visitadas por mês, conforme dados recentes da ComScore.
O visual limpo, o maior nível de privacidade em relação aos concorrentes e a capacidade de centralizar em uma única página blog, perfil do Orkut e músicas do iTunes estão entre os motivos da grande adesão. No entanto, como está disponível somente em inglês, há menos de 40 mil brasileiros.
O Facebook teve seu acesso liberado em setembro do ano passado; no início, era restrito a algumas universidades. Com tanta gente, o site começou a receber denúncias de pedofilia, que estão sendo investigadas pela procuradoria de Nova York.
Esse sucesso tem atraído proposta de gigantes. O "Wall Street Journal" registrou rumores de que a Microsoft teria oferecido US$ 500 milhões por 5% das ações da empresa; baseado nisso, o valor do Facebook ficaria na casa dos bilhões. O CEO da fabricante do Windows, Steve Ballmer, nega. Antes disso, por sinal, o Yahoo! fez uma proposta de US$ 1 bilhão pela rede; Zuckerberg recusou a oferta.
Desde então, o Facebook vem se aproximando da líder, o MySpace. Apesar de dominar o segmento, com 105,7 milhões de usuários, o site sofreu uma queda de 7,4% em agosto último; já o Facebook teve um crescimento de 33% em junho. Em julho, o site comprou sua primeira empresa: a Parakey, criada pelos desenvolvedores do browser Firefox e cuja tecnologia propõe integrar dados da internet e as do desktop.
Preocupados, Google e Yahoo! estão repensando suas redes sociais; a Microsoft já tomou as primeiras providências e renovou o Live Spaces.


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