São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

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BANDA LARGA MESMO

Oferta de planos de acesso rápido à internet aumenta, mas área de cobertura ainda é limitada

Conexão doméstica alcança até 8 Mbps

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com a evolução contínua das tecnologias de acesso e o aumento na velocidade dos planos disponíveis, a área de cobertura da banda larga no Brasil ainda está longe de alcançar todo o país. Na cidade de São Paulo, onde há pelo menos três empresas que oferecem um bom leque de opções, nem todas as ruas são atendidas pelos concorrentes.
O consumidor pode optar entre os dois tipos de conexão mais difundidos: a ADSL, por telefone, e a conexão por meio de cabo de TV. Outras opções, como o acesso via satélite e as redes sem fio, ainda têm preços e condições de contratação pouco atraentes para moradores de áreas urbanas.
As conexões feitas com a tecnologia Asymmetric Digital Subscriber Line, como o Speedy, da Telefônica, têm cobertura bastante ampla pois utilizam a estrutura da rede de telefonia convencional para realizar as transferências de dados. Esse ponto forte é também um problema para o aumento nas velocidades máximas oferecidas.
Dependendo da distância entre a casa do assinante e a central telefônica mais próxima, podem haver variações nas velocidades de download. Daí o termo "assimétrico" na sigla. É por isso que nem sempre os planos mais rápidos podem ser adquiridos em regiões cobertas pela prestadora de serviço, fato que deve começar a mudar com a adoção do padrão ADSL2+, que é mais flexível.
Quem assina um plano de conexão via ADSL também precisa assinar um provedor de acesso. Essa exigência não é feita pelas empresas que oferecem acesso via cabo, mas há um porém. Enquanto a mensalidade de um provedor de acesso custa cerca de R$ 20, a assinatura de TV paga pode facilmente ultrapassar os R$ 60 mensais.
A contratação da televisão por assinatura pode ser dispensada, mas essa opção pode fazer com que os preços dos serviços e das mensalidades do acesso em banda larga aumentem. Isso prejudica novos assinantes, mas, por outro lado, ajuda quem já usa a TV paga por algum tempo. O Vírtua, por exemplo, cobra taxas diferenciadas para clientes com algum tempo de assinatura.

Instalação
Praticamente todos os computadores fabricados nos últimos anos já têm o acessório essencial para receber uma conexão rápida, a placa de rede. Os sistemas operacionais mais usados são reconhecidos e as configurações do micro dependem das tarefas que o usuário deseja realizar.
Para visitar sites e receber e-mails, até as máquinas mais modestas conseguem dar conta do recado. Para entrar na internet veloz, porém, é preciso mais do que isso. A prestadora de serviço precisa fazer uma visita para realizar configurações necessárias.
No caso dos planos ADSL, tudo é mais fácil. Por meio de um modem especial, alugado pela operadora, basta informar os endereços de rede e se conectar. Prova dessa facilidade é que usuários mais experientes podem fazer a instalação sozinhos, com ajuda de um pacote que vem via correio.
Essa independência não ocorre com assinantes de serviços de internet via cabo. Quem mora em apartamento tem a vida facilitada pela estrutura das antenas coletivas, mas quem mora em casa pode encontrar dificuldades para transferir os cabos da rua.
As dificuldades nas modalidades de instalação podem acabar refletidas nos preços praticados pelas concorrentes. Em planos promocionais, porém, as taxas ganham descontos ou até mesmo deixam de ser cobradas. (JB)


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