DA REPORTAGEM LOCAL

Os planos que oferecem acesso com velocidade de 8 Mbps podem parecer um exagero para grande parte dos usuários, mas há quem saiba aproveitar cada segundo desse tipo de conexão. Games on-line para múltiplos jogadores, programas para trocar arquivos de vídeo e mensageiros com videoconferência são alguns dos principais beneficiados por essa fartura.
Além da agilidade nos down loads, essas tarefas também exigem um bom desempenho nos uploads. Não basta apenas copiar dados com velocidade. Também é preciso dar "respostas" e enviar informações rapidamente.
A comunicação via internet não depende apenas da parte do usuário e, em casos nos quais várias pessoas estão usando o mesmo serviço, o potencial máximo da conexão nem sempre é utilizado. Por isso, teoricamente uma conexão de 1 Mbps resolveria todos os problemas dos usuários avançados, mas, na prática, a experiência pode ser frustrante.
Com 8 Mbps, por outro lado, mesmo com limitações de serviços de terceiros, sua conexão não dá margens para a lentidão. Nos dois planos disponíveis, a velocidade de upload é de 600 Kbps.
Dessa forma, programas que acessam a rede BitTorrent, como os gratuitos BitSpirit (www.167bt.com/intl) e Azureus (azureus.sourceforge.net), podem copiar pacotes de arquivos com discografias completas e filmes inteiros em menos de uma hora. O mesmo ocorre em softs que acessam a rede eDonkey, como o eMule (www.emule-project.com), que pode baixar documentos pesados, como programas e games, rapidamente.
Quem troca músicas com a ajuda de programas que oferecem download de arquivos avulsos, como o SoulSeek (www.slsknet.org) e o Kazaa (superdownloads.uol.com.br), não precisa de 8 Mbps para ficar satisfeito com a velocidade dos downloads. Com conexões de 500 Kbps em diante já é possível baixar músicas de forma quase instantânea.
O mesmo se aplica para quem pretende ouvir estações de rádio on-line e assistir a transmissões de vídeos em baixa qualidade.

Compartilhar é permitido
Uma grande vantagem de possuir uma conexão super-rápida é poder dividir o acesso entre várias máquinas. Além de exigir pouco investimento, as redes domésticas são autorizadas pelas prestadoras de serviço e podem se aproveitar das tecnologias sem fio. A única restrição legal é a venda de acesso à essa rede por parte do assinante.
Para compartilhar sua banda larga, basta comprar um wireless gateway, dispositivo que transmite os dados vindos da internet por meio de uma antena e custa cerca de R$ 300. Depois de configurar esse aparelho corretamente, qualquer micro com uma placa de acesso Wi-Fi poderá se aproveitar da conexão. Para quem trabalha em casa essa é uma opção bastante útil, pois não é preciso assinar os planos mais velozes para ter uma conexão razoável dedicada ao compartilhamento.
Para conectar duas máquinas ao mesmo tempo, planos a partir de 500 Kbps já são suficientes para realizar tarefas básicas. (JB)


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