São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

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Projetos visam compartilhar acesso à rede

JOHN MARKOFF
DO "NEW YORK TIMES"

Nos EUA, a banda larga já é amplamente disponível e a fase atual é a de substituição dos cabos e das linhas telefônicas por serviços sem fio. Um exemplo dessa nova etapa acontece na Costa Oeste, onde a Mushroom Networks e a WiBoost Inc. criaram protótipos com potencial inovador. Ambas desenvolvem sistemas sem fio que permitem a um grupo de vizinhos compartilhar suas conexões de banda larga por cabo ou por linha telefônica. O resultado é que, segundo os desenvolvedores, é possível dividir recursos e conseguir baixar arquivos até dez vezes mais rápido. A WiBoost tem planos para patentear a antena que permite o acesso sem fio compartilhado por cerca de US$ 300. Em áreas planas, esse sistema permitiria a troca de dados em casas separadas por vários quilômetros e o kit de instalação seria montado pelo próprio usuário. Por outro lado, a Mushroom Networks faz testes com um aparelho chamado access point aggregator, que é parecido com os roteadores sem fio e pode ligar residências próximas. A princípio, os dois projetos têm o potencial de abaixar os custos de acesso via banda larga e de levar a internet para mais pessoas. Isso, contudo, gera um grande impasse com os provedores de acesso. Muitos deles criam restrições para o compartilhamento de pontos de acesso. As donas dos projetos experimentais, por outro lado, dizem que elas não serão uma espécie de Napster. Os projetos usam uma técnica semelhante à das redes sem fio do tipo mesh, que estendem o alcance do Wi-Fi compartilhando dados entre vários receptores espalhados. Nesse caso, os protótipos se aproveitam de uma característica infalível dos internautas. Mesmo visitando muitos sites e baixando muitos e-mails e músicas, os usuários sempre deixam suas conexões ociosas.


Tradução de Juliano Barreto

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