São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

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Netbook seduz, apesar de carências

Dimensões reduzidas e teclado confortável são pontos fortes, mas máquina tem apenas duas portas USB

RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Basta uma olhadela no HP Mini 1000 para constatar que se trata de um dos netbooks mais elegantes do mercado.
O modelo testado pela Folha, com tela de dez polegadas, vem com Windows XP Home, processador Intel Atom de 1,6 GHz, memória de 1 Gbyte, disco rígido de 60 Gbytes e Bluetooth. Com essas características, ele sai por US$ 444,99 em www.shopping.hp.com -segundo a HP, a máquina deve estar à venda no Brasil a partir de abril.
É possível optar por armazenamento em drive de estado sólido (sem partes móveis) de 8 ou 16 Gbytes e por Linux.
O Mini 1000 é bastante leve: tem 1 kg -isso com a bateria de três células, que permite cerca de 2h40 de autonomia.
Com apenas 2,5 cm de altura, ele é mais fino do que concorrentes como o Eee PC 1000H, da Asus, e o Mobo de dez polegadas, da Positivo.
Seu ponto forte é o teclado, com 92% do tamanho de um modelo convencional. Algumas teclas, como o número 1, são reduzidas, mas a experiência de digitação é das mais agradáveis nessa categoria, em que teclados diminutos costumam castigar o usuário.
A posição lateral dos botões do touchpad pode incomodar no início, mas não tarda se adaptar a ela.
O armazenamento de 60 Gbytes, apesar de suficiente para uma máquina com foco no acesso à internet, é inferior ao da concorrência, que chega a oferecer 160 Gbytes.
Brilhosa, a tela remete aos novos MacBooks, laptops da Apple. Apesar de dar um toque de sofisticação ao netbook, essa característica prejudica o uso ao ar livre com sol forte ou em locais com muitas lâmpadas, já que a tela é bastante refletiva.

Sem justificativa
Algumas escolhas da HP para o Mini 1000 são aparentemente injustificáveis.
A primeira: há apenas duas portas USB -a maioria dessas máquinas conta com três.
A segunda: existe apenas uma conexão de áudio para fone de ouvido e microfone -ou se usa um, ou se usa o outro. Uma alternativa para quem pretende conectar dois desses dispositivos ao mesmo tempo é comprar uma pequena placa de som USB -o efeito colateral, além do gasto extra, é que restará apenas uma das preciosas portas USB.
A terceira: não há uma saída VGA comum. O que existe é uma porta proprietária da HP, que exige um adaptador para conectar um monitor externo. Detalhe sórdido: o acessório ainda não está à venda.
Se descontadas essas deficiências, o Mini 1000, com performance satisfatória para tarefas básicas, como edição de textos, é uma boa opção para quem busca alta portabilidade aliada a um teclado confortável.

Linux atraente
O visual da interface criada pela HP para a edição do Mini 1000 com Linux foi bastante elogiado por sites especializados, como o Ars Technica.
Veja como obter esse visual em qualquer máquina com Ubuntu em folha.com.br/circuitointegrado.


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