São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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3G - O que é, quanto custa, para que serve

Rede de terceira geração possibilita alta velocidade no acesso à internet pelo telefone celular

RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Alta velocidade e mobilidade irrestrita: essas são as promessas do 3G, padrão de telefonia móvel que vive momento de expansão no Brasil.
A tecnologia permite que você use seu celular ou computador para transferir dados com velocidade de banda larga. Assim, é possível aproveitar serviços como downloads de arquivos grandes e chamadas em vídeo, que exigem boas conexões.
3G é a sigla para terceira geração, padrão de telefonia celular que sucede o 1G, ainda analógico, e o 2G, já digital. A primeira rede 3G do mundo foi inaugurada em 2001 pela japonesa NTT DoCoMo.
No Brasil, a Vivo foi a pioneira no setor -oferece serviços de terceira geração desde 2004. Os pacotes de acesso à internet 3G disponíveis hoje no país prometem velocidades de até 7 Mbits por segundo.
Em dezembro do ano passado, a Anatel arrecadou R$ 5,3 bilhões em leilão de licenças 3G na faixa entre 1.900 MHz a 2.100 MHz -algumas empresas já operavam antes na faixa de 850 MHz. Os maiores compradores foram Claro, TIM, Vivo e Oi.
Além dos modems USB e de placas para acesso à internet em computadores de mesa e laptops, as operadoras oferecem serviços para celulares 3G como videochamadas, exibição de televisão, lojas de música e acesso a vídeos do YouTube.
Uma pesquisa do instituto Nielsen aponta, porém, que apenas 1% dos usuários de telefonia celular no Brasil usa o aparelho para acessar a internet -a maioria prefere tirar fotografias, brincar com jogos e ouvir músicas.
Um fator que pode mudar essa cenário é a chegada oficial do iPhone ao Brasil -a nova versão do badalado celular da Apple tem suporte a 3G.
Atualmente, 8,1 milhões de pessoas no Brasil têm banda larga, sendo que 9% delas utilizam internet móvel -índice proporcionalmente maior que o dos EUA (6%), segundo o IDC. Isso se explica pelo o fato de a cobertura da banda larga fixa ter ainda muitas lacunas no Brasil, preenchidas pela internet móvel.
A Folha foi às lojas das operadoras, testou celulares e modems e constatou que há empecilhos para usufruir do 3G em sua plenitude: os aparelhos e os planos são caros, e a cobertura ainda é pequena.


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