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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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COMUNICAÇÃO

Encontre internautas para conversar em cidade e hotel virtuais construídos com aparência tridimensional

Salas de bate-papo ganham sofisticação

Reprodução
Tela de restaurante presente no Habbo Hotel, bate-papo tridimensional que simula um hotel; à dir., tela mostra a recepção geral


BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com o avanço das conexões de banda larga e dos processadores modernos, começam a aparecer chats 3D sofisticados na rede.
Um bom exemplo é o Dubit (www.dubit.co.uk): depois de se cadastrar, o internauta tem acesso a uma cidade virtual bastante detalhada, que inclui centenas de elementos interativos (o cursor vira uma mãozinha quando é passado sobre eles) e é desenhada com gráficos realistas.
O usuário começa em seu apartamento virtual, que é pequeno -um quarto-e-sala-, mas pode ser personalizado (alterar a cor das paredes, tapete, móveis etc.)
Ao sair para a rua, é possível encontrar ambientes como uma sala de jogos, que dá acesso a seis games simplórios, e um shopping center, que reúne atalhos para sites de comércio eletrônico, mas o mais interessante é conversar com as outras pessoas: basta aproximar seu personagem delas usando o mouse e clicar sobre os indivíduos com quem quer falar. Muitos dos elementos interativos são publicitários -jogos com propaganda, por exemplo-, mas há locais interessantes, como uma praia, um cinema, um bar e um restaurante.
Como a cidade virtual é grande, a maneira mais fácil de se movimentar por ela é clicar em Navigation e escolher a região e o lugar a visitar. Escrito em "Flash", o site exige um PC bastante rápido: durante os testes realizados, chegou a consumir 100% da potência de um processador Pentium III de 933 MHz. Ter uma conexão de banda larga é o ideal, mas a navegação via modem comum (56 Kbps) não chega a inviabilizar o uso do chat 3D -depois que os ambientes são carregados, o funcionamento é o mesmo.
Embora ofereça muitos recursos -há um tocador que permite ouvir músicas durante os papos, e usuários da Inglaterra podem enviar mensagens para telefones celulares-, o Dubit é relativamente pouco frequentado, e seu público é composto principalmente por pré-adolescentes bem comportados: uma área chamada "Beco dos Drogados", por exemplo, vive vazia. Tendo esse perfil, o site coloca a segurança entre suas principais preocupações: ao abrir uma janela de conversação para falar com alguém, surge um aviso recomendando evitar a divulgação de dados pessoais (telefone, endereço etc.) pelo chat.
Já o Habbo Hotel (www.habbohotel.com) é o completo oposto: um hotel virtual cheio de visitantes (às vezes lotado, com fila de espera virtual) e completamente tumultuado, com muitas pessoas falando ao mesmo tempo. Enquanto no Dubit as conversas acontecem com um usuário de cada vez, no Habbo Hotel as frases digitadas por todos os usuários próximos são exibidas na tela.
Ao se cadastrar, o internauta tem acesso a uma lista com todos os espaços públicos e privados do hotel, cuja interatividade chega a surpreender: ao entrar numa lanchonete, por exemplo, pode-se fazer um pedido no balcão.
Infelizmente, um dos recursos mais interessantes do site -a compra de objetos- não está disponível para internautas brasileiros. O nível de opções é extenso (há sete linhas de móveis, por exemplo, e é possível dar presentes virtuais a outros usuários), mas os objetos custam dinheiro de verdade e o hotel não aceita cartões de crédito internacionais, praticamente inviabilizando o pagamento. Embora isso limite a sofisticação do hotel virtual -os mergulhos na piscina, por exemplo, são pagos-, não atrapalha a utilização dos recursos gratuitos.


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