|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONGRESSO
Especialista evita fazer compras pela internet
ANA PAULA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Especialista no impacto do e-commerce no mercado varejista,
o indiano Rajiv Lal, 45, professor
da Escola de Administração da
Universidade de Harvard, admite
preferir fazer compras "in loco",
da maneira convencional, a usar a
impessoal aquisição pela rede.
Em entrevista exclusiva para a
Folha, Lal, um dos principais palestrantes da 13ª Telexpo, revelou
ter comprado apenas algumas
poucas coisinhas, como livros ou
brinquedos para seus filhos, mas
afirma que o comércio virtual não
é um hábito familiar.
Porém, apesar de caminhar na
contramão de seus estudos, o
Ph.D. em gestão industrial adianta que, em sua conferência na Telexpo, dia 27, vai falar sobre como
popularizar o uso da tecnologia,
além de apresentar resultados de
sua pesquisa sobre o choque do e-commerce no varejo.
Em suas pesquisas, o indiano
traçou o perfil dos usuários adeptos ao e-commerce e chegou a
uma óbvia conclusão. Indiferente
a interferências climáticas -baixas temperaturas intimidam as
pessoas a saírem de casa-, o que
o consumidor que tem dinheiro
para gastar quer é a conveniência.
Mais forte que o comodismo, o
que preocupa os consumidores é
o crescimento dos hackers, o que
leva à perda de confiança na rede.
Já sobre a ameaça de guerra, Lal
conclui que os usuários não serão
intimidados pelo conflito, o que
até estimularia um ligeiro crescimento do e-commerce.
Questionado sobre o possível
desemprego que o comércio eletrônico poderia causar em detrimento ao mercado real, Lal foi incisivo ao dizer que, pelo contrário,
o e-commerce tende a repor empregos existentes. "A rede pode
ser uma ótima fonte geradora de
empregos, não só pelas compras
diretas, mas pela possibilidade de
criação e expansão de novos negócios."
Texto Anterior: Internet Próximo Texto: Primeira impressão: Celular com rádio acessa a internet rápida Índice
|