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Muitos núcleos melhoram desempenho
DA UNIVERSIDADE DE MANCHESTER
Uma conseqüência da forma
como a tecnologia vem avançando é a mudança de paradigma nos microprocessadores de
alta performance.
Durante várias décadas, arrancaram-se todas as gotas
possíveis de performance dos
processadores de ponta com
núcleo único, e isso ao custo de
uma complexidade arquitetural feroz. Acrescentaram-se recursos que ultrapassavam o limite dos retornos cada vez menores, porque todos os softwares dependiam de um modelo
particularmente simples de
programação em linha única.
Agora, de uma hora para outra, tudo mudou. Os processadores com dois núcleos tornaram-se o padrão, os com quatro
núcleos começam a aparecer, e
o setor já fala sobre o crescimento futuro em termos de
processadores com mais núcleos em um chip.
O que aconteceu?
O paralelismo para uso geral
certamente não foi solucionado e, até que o seja, a utilidade
de processadores de vários núcleos continua a ser questionável (para os aplicativos de desktop de uso geral; não há dúvida
sobre a utilidade deles em muitos aplicativos de servidores).
Os lucros cada vez menores
oferecidos pela complexidade
adicional, os custos de projeto e
a mudança da relação entre as
defasagens de processamento e
de comunicação nos chips se
somam para tornar o investimento nos processadores de
núcleo único menos atraente.
A operação de cortar e colar é
tão fácil no silício quanto em
qualquer outro lugar, de forma
que colocar dois ou quatro núcleos em um chip não se revela
tão mais difícil do que colocar
um. O setor simplesmente
abandonou o caminho do processador de núcleo único, considerando-o difícil demais e optando pela rota que oferecia
menos resistência.
Os fabricantes conseguem
aumentar a capacidade de processamento por meio do investimento nos núcleos múltiplos;
se você consegue ou não utilizar esse potencial, isso é problema seu, não deles.
Há uma motivação consideravelmente maior para realizar
avanços no paralelismo de uso
geral: não há mais outra forma
de seguir adiante.
Que chip usar?
Os processadores podem ser
avaliados segundo seu custo de
fabricação (que diz respeito à
performance por unidade de
área de silício) e segundo seu
custo de rodagem (que diz respeito à sua eficiência no consumo de energia).
No primeiro caso, os processadores de alta performance,
como os dos desktops, e os processadores embutidos do tipo
ARM, como os usados em celulares e em players de música,
são basicamente equivalentes.
No segundo, os processadores embutidos apresentam
grande vantagem.
Eles ficam atrás na performance de direção única de processamento, mas, se e quando o
paralelismo estiver disponível,
essas máquinas terão mais eficiência no consumo de energia
ao usar um grande número de
processadores em oposição a
um pequeno número de processadores de ponta.
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