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PC ainda é complicado, mas já foi pior
DA EQUIPE DE COLUNISTAS
Quando respondi à primeira carta do Canal Aberto, 20
anos atrás, o mundo da tecnologia era bem mais difícil para
usuários e programadores. À
sua frente, um monitor de
fósforo verde com um enigmático "C:" apresentava-se
como porta de entrada para as
entranhas do microcomputador -provavelmente PC-XT
ou Apple II e usando o sistema operacional CP/M.
Naquele período jurássico
da microinformática, várias e
ferozes batalhas ocorriam entre diferentes marcas de processadores, planilhas eletrônicas e bancos de dados.
Na batalha dos processadores, apareciam WordStar,
Word e WordPerfect. As planilhas eram VisiCalc, Quattro
Pro e Excel, e, no campo dos
bancos de dados, dBase, FoxBase e Access lideravam a
preferência.
Quem sentava em frente ao
micro tinha que saber exatamente onde estavam os programas, qual o comando que
deveria ser digitado e, uma
vez carregado, ter decorado
centenas de combinações de
teclas para executar as tarefas
mais corriqueiras. Formatos
de arquivos eram incompatíveis, e a única forma que um
usuário final tinha de trocar
dados era por meio de disquetes. Mouse, interface gráfica e
outras utilidades só começaram a se tornar populares lá
pelo meio da década de 90.
Hoje, para imprimir um documento em um processador
de textos, você clica no menu
Arquivo e na opção Imprimir.
Naquela época, cada programa tinha sua própria interface, com comandos diferentes
uns dos outros. Quem usava
mais de um programa tinha
que decorar muitos comandos para fazer a mesma coisa.
Repeteco
A interface gráfica, popularizada com o Windows, diminuiu as dificuldades dos usuários. Mas, ainda hoje, a maior
parte das dúvidas respondidas pelo Canal Aberto é de nível básico, o que dá a entender
que ainda estamos longe de
uma interface totalmente
amigável. Mostra também
que os recursos mais avançados dos programas continuam em rincões esquecidos,
debaixo de algum menu ou
combinação de teclas.
Hoje, os programas de e-mail e questões relativas à internet lideram as dúvidas recebidas, mas não é raro aparecer uma pergunta que já tenha sido feita há 20 anos.(JOSÉ ANTONIO RAMALHO)
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