São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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PC ainda é complicado, mas já foi pior

DA EQUIPE DE COLUNISTAS

Quando respondi à primeira carta do Canal Aberto, 20 anos atrás, o mundo da tecnologia era bem mais difícil para usuários e programadores. À sua frente, um monitor de fósforo verde com um enigmático "C:" apresentava-se como porta de entrada para as entranhas do microcomputador -provavelmente PC-XT ou Apple II e usando o sistema operacional CP/M.
Naquele período jurássico da microinformática, várias e ferozes batalhas ocorriam entre diferentes marcas de processadores, planilhas eletrônicas e bancos de dados.
Na batalha dos processadores, apareciam WordStar, Word e WordPerfect. As planilhas eram VisiCalc, Quattro Pro e Excel, e, no campo dos bancos de dados, dBase, FoxBase e Access lideravam a preferência.
Quem sentava em frente ao micro tinha que saber exatamente onde estavam os programas, qual o comando que deveria ser digitado e, uma vez carregado, ter decorado centenas de combinações de teclas para executar as tarefas mais corriqueiras. Formatos de arquivos eram incompatíveis, e a única forma que um usuário final tinha de trocar dados era por meio de disquetes. Mouse, interface gráfica e outras utilidades só começaram a se tornar populares lá pelo meio da década de 90.
Hoje, para imprimir um documento em um processador de textos, você clica no menu Arquivo e na opção Imprimir. Naquela época, cada programa tinha sua própria interface, com comandos diferentes uns dos outros. Quem usava mais de um programa tinha que decorar muitos comandos para fazer a mesma coisa.

Repeteco
A interface gráfica, popularizada com o Windows, diminuiu as dificuldades dos usuários. Mas, ainda hoje, a maior parte das dúvidas respondidas pelo Canal Aberto é de nível básico, o que dá a entender que ainda estamos longe de uma interface totalmente amigável. Mostra também que os recursos mais avançados dos programas continuam em rincões esquecidos, debaixo de algum menu ou combinação de teclas.
Hoje, os programas de e-mail e questões relativas à internet lideram as dúvidas recebidas, mas não é raro aparecer uma pergunta que já tenha sido feita há 20 anos.(JOSÉ ANTONIO RAMALHO)


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