Sistemas com inteligência artificial alimentam sites de busca, organizam páginas de notícias e conversam com os internautas

JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos contos de ficção científica de "Eu, Robô", escritos nos anos 40, Isaac Asimov vislumbrou um mundo no qual humanos e máquinas inteligentes teriam uma convivência intensa.
O autor imaginou que os robôs fariam parte do nosso cotidiano e levantou a possibilidade de que, um dia, as máquinas poderiam ter pensamentos próprios e emoções.
Mais de meio século depois, as previsões de Asimov começam a se confirmar. Os humanóides ainda são muito limitados, mas as entidades digitais conhecidas como bots já têm um papel decisivo na maneira como os internautas usam um site de buscas, lêem notícias e se divertem com videogames.
Eles estão por trás de sucessos mundiais como o Google e os jogos on-line que reúnem milhares de internautas.
Graças a técnicas de programação avançada, os bots podem conversar com o usuário demonstrando uma variedade de respostas razoavelmente convincentes. Chegam a usar comunicadores, como o MSN Messenger, sem nenhum tipo de restrição como se fossem mais uma pessoa comum conectada à rede de bate-papo.
O poder de reunir informações da internet também é usado para aplicar golpes virtuais que têm conseqüências reais. É crescente o número de bots que enganam e roubam usuários.

Conceito
Todo programa de computador é baseado em um código-fonte -uma série de instruções escritas em linguagem própria. Cada função do software depende de uma situação ou de um pedido do usuário. Com os bots, essas duas condições não precisam ser atendidas. Para funcionar, eles não exigem acompanhamento continuado ou controle. Usam a inteligência artificial para tomar decisões e necessitam apenas de uma ordem para começar a agir por conta própria.


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