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Partido Pirata responde a ataques
GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL
No final de agosto, o vice-presidente executivo da
MPAA, entidade norte-americana que defende os interesses dos grandes estúdios
cinematográficos, disse em
entrevista ao ZDnet que nada que o sueco Partido Pirata
faz é legítimo.
A resposta do presidente
do partido, Rick Falkvinge,
veio no site Torrentfreak.com: "A MPAA está
chamando a democracia de
ilegítima. Somos um partido
político registrado e entre os
dez mais de uma democracia
parlamentarista".
O partido (www.piratpartiet.se), fundado no ano
passado, possui uma agenda
restrita: reformas das leis de
direito autoral, mudança do
sistema de patentes e respeito à privacidade. Por e-mail,
a Folha entrevistou o vice-presidente dos piratas,
Christian Engström.
FOLHA - A abolição dos direitos
autorais não vai desmotivar produtores e, principalmente, financiadores culturais?
CHRISTIAN ENGSTRÖM - Nós não
queremos o fim absoluto das
leis de copyright. Nós queremos que as cópias não-comerciais sejam gratuitas e
que os termos de copyright
sejam mantidos por cinco
anos depois da publicação.
FOLHA - As discussões do partido são muito eurocêntricas. E o
resto do mundo?
ENGSTRÖM - Nosso objetivo é
mudar essas leis globalmente, mas é verdade que apresentamos nossos argumentos de uma perspectiva sueca
e européia. Nós acreditamos
que a Europa é o lugar certo
para começar a reforma global de patentes agora.
O sistema internacional de
patente e copyright funciona
porque todo mundo concorda que esses itens representam um valor. Se um país
quebrar esse acordo, isso começará uma reação em cadeia em outros países. É só
pegar um país que diga "o rei
está nu" para começar a mudança global.
Veja a entrevista completa no blog Circuito
Integrado (circuitointegrado.folha.blog.uol.com.br)
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