São Paulo, quarta-feira, 19 de setembro de 2007

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Partido Pirata responde a ataques

GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

No final de agosto, o vice-presidente executivo da MPAA, entidade norte-americana que defende os interesses dos grandes estúdios cinematográficos, disse em entrevista ao ZDnet que nada que o sueco Partido Pirata faz é legítimo.
A resposta do presidente do partido, Rick Falkvinge, veio no site Torrentfreak.com: "A MPAA está chamando a democracia de ilegítima. Somos um partido político registrado e entre os dez mais de uma democracia parlamentarista". O partido (www.piratpartiet.se), fundado no ano passado, possui uma agenda restrita: reformas das leis de direito autoral, mudança do sistema de patentes e respeito à privacidade. Por e-mail, a Folha entrevistou o vice-presidente dos piratas, Christian Engström.

 

FOLHA - A abolição dos direitos autorais não vai desmotivar produtores e, principalmente, financiadores culturais?
CHRISTIAN ENGSTRÖM
- Nós não queremos o fim absoluto das leis de copyright. Nós queremos que as cópias não-comerciais sejam gratuitas e que os termos de copyright sejam mantidos por cinco anos depois da publicação.

FOLHA - As discussões do partido são muito eurocêntricas. E o resto do mundo?
ENGSTRÖM
- Nosso objetivo é mudar essas leis globalmente, mas é verdade que apresentamos nossos argumentos de uma perspectiva sueca e européia. Nós acreditamos que a Europa é o lugar certo para começar a reforma global de patentes agora.
O sistema internacional de patente e copyright funciona porque todo mundo concorda que esses itens representam um valor. Se um país quebrar esse acordo, isso começará uma reação em cadeia em outros países. É só pegar um país que diga "o rei está nu" para começar a mudança global.


Veja a entrevista completa no blog Circuito Integrado (circuitointegrado.folha.blog.uol.com.br)



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