São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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Evolução das interfaces tornará uso de tecnologia mais intuitivo

Ser humano lidará melhor com máquinas graças ao design, diz especialista

DA REPORTAGEM LOCAL

O ser humano tem uma relação espontânea com o belo, afirma Júlio César de Freitas, coordenador do curso de pós-graduação "Design e Tecnologia Digital: Uma Abordagem Estratégica", da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
"Por vezes, suportamos o ônus de uma função mal executada em benefício do belo", diz, citando como exemplo o sapato de salto alto. "O conhecido e declarado sofrimento durante três ou quatro horas de uso justifica o redesenho do perfil do corpo da mulher proporcionado pelo uso do sapato."
Para Freitas, já se foram os tempos em que os consumidores eram induzidos pela publicidade a necessidades irreais. "As pessoas, assim como a tecnologia, também evoluíram. Sabemos o que necessitamos ou simplesmente desejamos."
O especialista afirma que a evolução das interfaces digitais, como telas sensíveis ao toque, tornará mais natural a interação com a tecnologia.
"A materialidade das teclas, do mouse e de outros periféricos por muito tempo nos impôs uma necessidade de entendimento sobre drivers, slots e tantas outras coisas tão distantes do que realmente desejávamos realizar, que muitas vezes desistíamos. Essas novas linguagens para as interfaces, por espontâneas que prometem ser, devem nos devolver a fluidez de ações na realização das nossas intenções."
"Usabilidade, comunicabilidade, interfaces físicas e digitais, telas sensíveis ao toque ou ao simples movimento são meras respostas tecnológicas ao centro efetivo de toda motivação do design como área de conhecimento e profissão, o ser humano." (RC)


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