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Evolução das interfaces tornará uso de tecnologia mais intuitivo
Ser humano lidará melhor com máquinas graças ao design, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
O ser humano tem uma relação espontânea com o belo,
afirma Júlio César de Freitas,
coordenador do curso de pós-graduação "Design e Tecnologia Digital: Uma Abordagem
Estratégica", da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
"Por vezes, suportamos o
ônus de uma função mal executada em benefício do belo", diz,
citando como exemplo o sapato
de salto alto. "O conhecido e declarado sofrimento durante
três ou quatro horas de uso justifica o redesenho do perfil do
corpo da mulher proporcionado pelo uso do sapato."
Para Freitas, já se foram os
tempos em que os consumidores eram induzidos pela publicidade a necessidades irreais.
"As pessoas, assim como a tecnologia, também evoluíram.
Sabemos o que necessitamos
ou simplesmente desejamos."
O especialista afirma que a
evolução das interfaces digitais, como telas sensíveis ao toque, tornará mais natural a interação com a tecnologia.
"A materialidade das teclas,
do mouse e de outros periféricos por muito tempo nos impôs
uma necessidade de entendimento sobre drivers, slots e
tantas outras coisas tão distantes do que realmente desejávamos realizar, que muitas vezes
desistíamos. Essas novas linguagens para as interfaces, por
espontâneas que prometem
ser, devem nos devolver a fluidez de ações na realização das
nossas intenções."
"Usabilidade, comunicabilidade, interfaces físicas e digitais, telas sensíveis ao toque ou
ao simples movimento são meras respostas tecnológicas ao
centro efetivo de toda motivação do design como área de conhecimento e profissão, o ser
humano."
(RC)
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