São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Década de 80 viu florescer o ciberpunk

DA REPORTAGEM LOCAL

O ciberpunk, subgênero da tecnologia explorado em obras como "Matrix", tem como berço a literatura -mas é popular no cinema, nos quadrinhos e até na música. É fruto da cultura hacker, do imaginário tecnológico e do desencanto niilista que marcaram os anos 1980.
A jornalista e doutora em comunicação Adriana Amaral disse à Folha, por e-mail, que os autores que popularizaram o ciberpunk, como William Gibson, autor de "Neuromancer" (1984; ed. Aleph), já nasceram em um contexto tecnológico e de ficção científica que influenciaram suas obras. Amaral é autora de "Visões Perigosas: uma Arque-genealogia do Cyber-punk" (ed. Sulina; 2006).
Em "Neuromancer", Gibson desenvolve o conceito de ciberespaço e trata da realidade virtual. O livro, "um cânone" desse tipo de literatura, foi "muito discutido no universo acadêmico", diz a autora.
Amaral diz que muitas das discussões propostas por autores como Gibson continuam presentes, como "as tecnologias móveis, dos implantes, das subculturas que vivem entre o mundo on-line e o off-line".
Autores brasileiros também investiram no gênero. Entre outros exemplos, ela cita André Carneiro, com "Amorquia", e Fausto Fawcett, com "Santa Clara Poltergeist" e "Cidade Vampira".
Amaral recomenda ainda uma obra que deve sair em breve em português. "Snow Cash" (1992), de Neal Stephenson. "Ele concebe o conceito de metaverso para falar de mundos virtuais". Para ela, o livro "está mais atual do que nunca", dada a popularidade de universos virtuais como Second Life e World of Warcraft. (GVB)


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