São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Leis para robôs e aquecimento global já passaram na ficção

Na Coréia do Sul, discussão de código para robôs aproveita livro de 1950

DA REPORTAGEM LOCAL

"Blade Runner" chegou ao seu fim em 2007, 25 anos depois do seu lançamento, em 1982. O filme de Riddley Scott protagonizado por replicantes -seres alterados artificialmente e aparentemente idênticos aos seres humanos- ganhou uma nova edição, exibida para o público pela primeira vez em setembro, com o subtítulo "Montagem Final".
A obra é um dos marcos do cinema de ficção científica da década de 1980 e aborda temas como direitos das máquinas, mudanças climáticas e globalização.
Se dois desses temas -aquecimento global e globalização- são comuns na agenda atual, a discussão sobre os direitos dos robôs hoje também é real. Em março, o Ministério do Comércio da Coréia do Sul, país que investe milhões de dólares todos os anos no desenvolvimento dessas máquinas, anunciou que está desenvolvendo um código de ética para os robôs.
O Ministério da Informação do país oriental já tinha anunciado planos de ter um robô em cada casa até 2020.
A cartilha será amplamente baseada nas três leis da robótica criadas há cerca de 60 anos por Isaac Asimov.
São elas: 1) um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por inação, permitir isso; 2) um robô deve obedecer às ordens de humanos, exceto quando essas contrariarem a primeira lei; 3) um robô deve proteger sua integridade, desde que com isso não contrarie as duas primeiras leis.
A coletânea de contos de Asimov que popularizou as leis, "Eu, Robô", batizou um filme de 2004, estrelado pelo ator Will Smith.
Outro filme de sucesso que aborda a relação entre os robôs e humanos é "Robocop" (1987). A obra conta a história de um policial que, fuzilado e à beira da morte, é reconstruído com implantes cibernéticos e entra em crise de personalidade, já que suas ações passam a ser programadas. (GVB)


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