São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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reportagem de capa

Bill Gates e Steve Jobs são estrelas também na ficção

CONSPIRAÇÃO Em documentário ficcional, o chefão da Microsoft é vítima de atentado; já o co-fundador da Apple tem livro biográfico escrito por clone blogueiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Steve Jobs e Bill Gates, dois dos maiores nomes do Vale do Sílicio -como é conhecida a região da Califórnia, nos EUA, onde se concentram as empresas de tecnologia de ponta-, já foram retratados com escracho na ficção.
Durante quase um ano, Jobs tev e um clone blogueiro, conhecido como Fake Steve e de quem poucos sabiam a identidade, descoberta somente em agosto deste ano.
O blog fazia sucesso entre os geeks da Califórnia e do resto do mundo. A pessoa por trás de Fake Steve só veio à tona, nas páginas do "New York Times", quando tentou um passo mais ousado que a página na internet: publicar um livro convencional.
Um agente, com a paródia "Options: the Secret Diary of Steve Jobs" em mãos, tentava vendê-lo a editoras e afirmava duas coisas: 1) seu autor já havia publicado ficção; e 2) ele era editor de uma grande revista de negócios.
O "New York Times" procurou pessoas que cumprissem os dois critérios e encontrou Daniel Lyons, editor sênior da "Forbes". A certeza veio com a comparação entre o estilo de Fake Steve e do blog de Lyons.
O livro, lançado há poucos meses nos EUA, conta a história de um escândalo real do ponto de vista de Fake Steve, um homem narcisista e sem amigos. Para quem não se dobra, ele lembra que é o inventor do iPod e dispara: "Você já ouviu falar dele?".

A morte de Gates
Bill Gates está morto. Pelo menos na ficção, o chefão da Microsoft foi assassinado há oito anos, em 2 de dezembro de 1999, no filme "Nothing So Strange" (nada tão estranho; www.nothingsostrange.com), um documentário de Brian Flemming, lançado em 2002, que mistura realidade e ficção.
Um clipe do vídeo, com o trecho do falso assassinato -no melhor estilo teoria da conspiração- pode ser visto no YouTube ao procurar pelo título em inglês.
A realidade em torno dos ícones do Vale do Silício, se não tem um assassinato, tampouco é sem graça. Basta o nome de um filme que romantiza a rivalidade entre Gates e Jobs durante a ascensão dos computadores pessoais, nas décadas de 1970 e 1980: "Piratas do Vale do Sílicio" (Martyn Burke; 1999).

Gates escreve sua visão
O fundador da Microsoft já deu sua visão, em livro, do que viria pela frente em "A Estrada do Futuro" (1995).
Na obra, o bilionário da computação descreve as mudanças profundas que ele vislumbrava com a rede mundial de computadores (que começava a se popularizar) e com a revolução do computador pessoal.
Quem quer algo mais picante deve tentar "Barbarians Led by Bill Gates: Microsoft from the Inside" (bárbaros liderados por Bill Gates: a Microsoft por dentro). Co-escrito por um ex-funcionário da Microsoft, a obra conta os bastidores da ascensão da empresa. O primeiro capitulo pode ser lido em www.washingtonpost.com/wp-srv/style/longterm/books/chap1/barbariansledbybillgates.htm.
A IBM foi retratada por Paul Carrol em "Big blues: a derrocada da IBM", livro lançado nos EUA em 1993 .
Do lado do software livre e do Linux, existe o documentário Revolution OS (www.revolution-os.com), de 2001 -o vídeo conta com entrevista de Linus Torvalds, um dos principais nomes do Linux.
(GVB)


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