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França aprova projeto de lei para combater pirataria na rede
Cristiano Novais/ Futura Press/Divulgação
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Entidades da sociedade civil, políticos e músicos se reuniram na Assembleia Legislativa de SP |
DA REDAÇÃO
Franceses que fizerem do-
wnloads ilegais poderão ficar
sem acesso à internet. Na semana passada, a França aprovou o projeto de lei sobre internet que estabelece suspensão
do acesso para quem for adepto
da prática.
A nova norma obrigará os
provedores de internet a fornecer a identidade de quem baixar material protegido por direitos autorais.
Uma comissão será criada
para fiscalizar os usuários, que
receberão advertências -primeiro, por e-mail, e, em seguida, por carta registrada.
Se continuarem baixando
conteúdo ilegal, usuários podem ser banidos da internet
por um ano. No entanto, continuarão pagando pelo acesso -o
que tem gerado protestos.
As primeiras penas devem
começar a ser dadas a partir do
ano que vem, disse o "New York
Times".
Comenta-se que o presidente
francês, Nicolas Sarkozy, é o
principal defensor da nova lei
-alguns dizem que a medida
teria sido incentivada pela primeira-dama francesa, a cantora e modelo Carla Bruni.
A nova lei antipirataria ainda
tem futuro incerto, porque o
Parlamento Europeu estuda
uma medida que proíbe o corte
da conexão de internet sem ordem judicial.
Debate questiona lei sobre cibercrimes
BRUNO DO AMARAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de 300 manifestantes
se reuniram na Assembleia Legislativa de São Paulo para o
"Ato Público contra o AI-5 Digital", na última quinta-feira.
Políticos como o senador
Eduardo Suplicy (PT-SP) e o
deputado federal Ivan Valente
(PSOL-SP) discutiram sobre o
projeto de lei contra cibercrimes do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Os opositores afirmam que o
texto tem brechas que impedem a liberdade na internet.
Uma das polêmicas da "Lei
Azeredo" diz respeito ao armazenamento do registro de conexão dos internautas por parte
dos provedores por um período
de três anos. "O problema é a
forma como as empresas vão
ter que se responsabilizar pelas
informações", afirma Eduardo
Parajo, presidente da Abranet
(associação de provedores de
acesso).
Marcelo Branco, da associação do software livre, acredita
que o projeto coloca "todos os
brasileiros como suspeitos". "A
proposta fala exclusivamente
do direito penal aplicado às novas tecnologias. Não há "criminalização generalizada" de
usuários", afirma Azeredo, em
comunicado.
Para opositores, a redação da
"Lei Azeredo" é abrangente e
incerta. "Não há como mexer
ou melhorar este substitutivo",
falou o deputado Ivan Valente.
"A lei tem que combater os cibercrimes, mas sem abuso e
sem proibir a liberdade de expressão", concluiu o senador
Eduardo Suplicy.
José Henrique Portugal, assessor parlamentar do senador
Azeredo, afirma que a prática
não seria onerosa e nem invasiva. "As entidades de investigação -promotoria, Ministério
Público e polícia- vão precisar
saber qual o computador que
originou a mensagem que tenha causado crime. O que se
pede na lei é a gravação apenas
da conexão, que horas que a
pessoa entrou", justifica, afirmando que bastaria gravar CDs
para guardar as informações.
SUÉCIA: APÓS CONDENAÇÃO DO PIRATE
BAY, DIMINUI NÚMERO DE DOWNLOADS
Pesquisa feita pela Swedish Association of Video Distributors (associação sueca de distribuidores de vídeo) mostra
que 20% dos suecos com idades entre 15 e 59 anos diminuíram a frequência ou pararam de baixar arquivos na internet,
por medo de serem presos. O estudo foi feito com cerca de
2.700 pessoas, tendo como base o julgamento do Pirate Bay,
cujos responsáveis foram multados e condenados a um ano
de prisão por estimular a quebra de direitos autorais.
Intel recebe multa por abuso
DA REDAÇÃO
A Intel recebeu multa
recorde de 1,06 bilhão
(R$ 2,9 bilhões) por abuso
de posição dominante, ou
práticas de concorrência
desleal.
A Comissão Europeia
anunciou a medida contra
a líder mundial de microprocessadores na semana
passada.
Por meio de comunicado, Paul Otellini, executivo-chefe da Intel, disse
que "a decisão é ruim" e
que "a empresa vai apelar". Ele disse que os consumidores não serão prejudicados.
A Intel foi acusada de
ter aproveitado sua liderança para subornar empresas para que evitassem
produtos da principal concorrente, a AMD (Advanced Micro Devices).
A investigação concluiu
que, entre 2000 e 2007,
diversos fabricantes, como Dell, HP e Lenovo, receberam descontos secretos para que usassem somente chips da Intel.
Reação
A nova lei está sendo contestada. Críticos dizem que ela é
falha, já que tem foco em down-loads tradicionais em tempos
que o streaming on-line (reprodução sem necessidade de arquivamento no computador)
ganha força.
Outros dizem, ainda, que há
como burlar a lei, baixando
conteúdo de lugares públicos
(via pontos de acesso Wi-Fi,
por exemplo) ou mascarando
endereços de IP.
Na internet, blogs como o Linux Manua (linuxmanua.
blogspot.com) também protestam.
O "plano de resistência ABCDEFUCK" ensina internautas
a burlar os mecanismos de vigilância. O blog incentiva, ainda,
que internautas infernizem a
vida da Hadopi, a futura polícia
cibernética.
68%
foi o crescimento nas consultas
realizadas em dois anos, nos
EUA, diz a ComScore
3
é o número médio de palavras por
busca nos EUA
64%
do mercado de buscas dos EUA,
em abril, foi do Google, diz a Nielsen Online
16,3%
teve o Yahoo!, o segundo lugar
8,6 bi
foi o número total de buscas realizadas nos EUA em abril, de acordo com a Nielsen Internet
4,4%
foi o crescimento em relação ao
mesmo mês de 2008
PRISÃO
Um usuário do Twitter foi
preso pela polícia da Guatemala por "promover pânico financeiro" no serviço de microblog,
segundo o Boing Boing. A frase
que ele escreveu fazia menção à
quebra de um dos principais
bancos do país.
ÓDIO
Redes sociais estão sendo
mais usadas por militantes para promover o ódio e recrutar
novos membros, segundo pesquisa do Simon Wiesenthal
Center. A pesquisa se baseia em
"mais de 10 mil sites (...) que
promovem a violência racial, o
antissemitismo, a homofobia, a
música de ódio e o terrorismo".
SUCESSO
Um em cada cinco japoneses
possui um videogame portátil
DS, segundo dados divulgados
pela fabricante Nintendo. São
26,1 milhões de unidades do
portátil em uma população de
127 milhões de pessoas, segundo a empresa. O número corresponde a 20,5% da população.
PROSTITUIÇÃO
Uma mulher é acusada na
Justiça da Califórnia de faturar
mais de US$ 8,5 milhões com
prostituição on-line, contratando estrelas do universo pornográfico e modelos. Michelle
Braun cobrava US$ 50 mil ou
até mais para seus clientes passarem a noite com as mulheres
que ela anunciava na rede. A
próxima audiência deverá
ocorrer em junho.
NOVO ATAQUE
O Facebook foi atingido novamente, na semana passada.
Segundo o "New York Times", a
fraude não foi disseminada e
afetou apenas uma pequena
porcentagem de usuários.
PRIVACIDADE
O Google será proibido de
capturar imagens das ruas da
Grécia para o serviço Street
View. A agência de proteção de
informações do país exigiu que
a empresa forneça passe a fornecer informações adicionais
sobre a finalidade das imagens
e revele por quanto tempo pretende armazená-las.
BLOQUEIO
A extensão Adblock Plus, que
bloqueia peças de publicidade,
a exemplo de banners, já foi
baixada 49 milhões de vezes,
segundo a Mozilla, que desenvolve o navegador Firefox. A
média é de 700 mil downloads
por semana.
OBRIGAÇÃO
Alunos do curso de jornalismo da Universidade do Missouri, nos EUA, terão que ter
iPhone ou iPod Touch para baixar arquivos sobre as aulas. Segundo comunicado da universidade, os produtos da Apple
são "requisito mínimo" para os
estudantes de jornalismo.
SEM TEMPO
Estudo da Nielsen mostra
que a fragmentação de atenção
está cada vez maior: a média de
tempo de visita em sites, nos
EUA, é de 56 segundos. Usuários ficaram, em média, 75 horas e 19 minutos no PC, em casa
e no trabalho, no mês de março.
70 mil
baterias de laptops HP e Compaq
vendidas nos EUA entre 2007 e 2008
serão recolhidas por problemas que
podem causar incêndios
8
pessoas foram presas na segunda
pela Operação Turko, que visa combater pedofilia na rede -3.265 perfis
do Orkut sofreram quebra de sigilo
440 mi
de reais em vendas foi o que o comércio eletrônico brasileiro registrou
no período do Dia das Mães, de acordo com a e-bit
Frase
"Os consumidores ainda
procuram as mesmas
músicas nos mercados
legal e ilegal. (...) O que é
popular é popular"
WILL PAGE e ERIC GARLAND
em trecho do relatório "The Long Tail of
P2P", que indica que as redes de
compartilhamento de arquivos ajudam a
revelar novos artistas, mas impulsionam
ainda mais os já conhecidos
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