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No Brasil, donos de sites polêmicos ignoram ou calam os descontentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Os trolls também aprontam das suas na terra do curupira. E não há preferência por alvo.
Acostumado às polêmicas promovidas pelo Cocadaboa.com, site que faz humor com os mais diversos tipos de personalidade, Wagner Martins diz não temer as ameaças que chegam via internet. "Atrás do teclado, todo mundo diz que faz e acontece, mas no cara a cara a atitude é bem diferente. Mesmo com as ofensas que recebo diariamente, nunca recebi uma crítica ao vivo", diz o autor, apelidado de Mr. Manson.
Augusto Campos, do BR-Linux.org, promove discussões sobre informática desde 1996 e, cansado do comportamento de alguns leitores, criou a campanha "Não alimente os trolls".
"Sem obter respostas e desviar o tema em pauta, a atividade do troll perde a graça", diz Campos,
Cocadaboa e BR-Linux não filtram os comentários enviados.
Essa prática é pouco comum nos blogs mais badalados, como os diários do jornalista Juca Kfouri (blogdojuca.blog.uol.com.br) e do político Zé Dirceu (blogdodirceu.blig.ig.com.br).
Ambos contam com assistentes que lêem os comentários antes da publicação e apagam as ameaças e ofensas.
"Isso educa o público. De 300 comentários, precisamos apagar mais ou menos seis", diz o editor-executivo do UOL Esportes, Alexandre Gimenez.
No caso do político blogueiro, a filtragem dos comentários precisa levar em conta outros aspectos. As regras do site proíbem denúncias levianas. "Antes de mais nada, vale a ética como um princípio. Consideramos levianas as acusações infundadas, irresponsáveis", respondeu Dirceu por meio de sua assessoria.
(JB)
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