São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Em Spore, célula evolui até ir para espaço

ESPERADO >> Depois de anos de desenvolvimento, game chega com versões para PCs, Macs, celulares e DS em setembro

Divulgação
Cidade construída em game que vai ser lançado em setembro; usuário pode moldar detalhes

GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

No início, você é uma célula. Bilhões de anos depois, comanda uma civilização intergalática que veio daquela célula. E, em Spore, é o jogador que cria a história entre esses passos.
Não por acaso, um dos nomes cogitados para Spore foi SimEverything -ou SimTudo, em português. O designer do game é Will Wright, criador de SimCity e The Sims, o maior sucesso de vendas dos PCs.
A Folha jogou, com exclusividade, as cinco fases de Spore: célula, criatura, tribo, civilização e espaço. O Brasil o recebe em 5 de setembro.

Célula
Com belos gráficos coloridos, o jogador começa como um microrganismo que nada atrás de alimento -a dieta pode ser carnívora ou vegetariana. Para coletar comida, é preciso driblar -ou atacar- inimigos, ganhando pontos de DNA. Tais pontos garantem o desenvolvimento. Dá para colocar, por exemplo, flagelos para nadar velozmente ou espinhos como armas.
A célula do jogador vai crescendo -o que, no começo, é um monstro perigoso, no final não passa de um aperitivo- e ficando mais complexa, até que ela adquire capacidade para viver em terra firme.

Criatura
Na fase de criatura, o game inovador começa a aparecer. São convocados bichos feitos por outros jogadores para povoar o mundo; eles vêm de um banco de dados on-line, a Sporepedia.
No começo dessa fase, a criatura é ainda bastante simples. Existem dois cenários principais de jogo, ambos em três dimensões. Um é o mundo, onde está o ninho do animal, árvores, inimigos, comida.
O outro é o Criador de Criaturas, em que o usuário desenvolve seu bicho: são dezenas de opções de bocas, olhos, pernas, garras, além de ornamentos como penas e armas como chifres e veneno.
O animal pode ser personalizado: é possível esticar ou encolher a coluna, aumentar o tamanho dos olhos, girar os chifres. Tudo isso influi no desempenho da criatura na luta pela sobrevivência.
Não há roteiro linear ou forma correta de jogar. Há espaço para quem tem perfil explorador ou agressivo. Existe a possibilidade de brincar com um carnívoro de hábitos sociais ou um herbívoro furtivo.
Até existem pequenas metas propostas pela inteligência artificial -elimine determinada raça ou faça amigos. Mas nada é obrigatório.
A criatura tem que participar do ambiente. Entre as opções estão caçar, colher frutas e procurar parceiros. Para isso, o jogador conta com ações como cantar, dançar, pular, atacar e espreitar. E cada bicho vai ser mais competente em algumas delas. O desenvolvimento da criatura e o modo de jogar lembram um RPG.

Tribo
Quando o animal desenvolve inteligência, começa a terceira fase, com o foco social -acaba o desenvolvimento físico. Alguns hábitos na fase de criatura terão conseqüências nas características da tribo.
E alimento, de novo, é importante. Como em um game de estratégia em tempo real, alguns membros da tribo são deslocados para a função de coletores, enquanto outros fazem a defesa da tribo e constroem lanças. Ou tocam tambores.
O objetivo -seja pelas armas, seja pela música- é conquistar outras tribos.

Civilização
Ao começar nessa fase, o jogador deve escolher entre uma civilização de caráter militar, religioso ou econômico. Um mapa mostra onde estão as outras civilizações; é um jogo de estratégia.
Os veículos (terrestres, aéreos ou marítimos) desempenham diversas funções -buscar recursos naturais, espalhar a religião. Ele são feitos pelo jogador em um criador bastante flexível. Os prédios -construções militares, fábricas, igrejas etc.- também.

Espaço
A fase final é, aparentemente, a mais complexa: quase um jogo à parte. A civilização atinge a era espacial e pode sair visitando galáxias com conteúdo criado por outros jogadores.
Em um editor de OVNIs, o jogador cria o disco voador que poderá abduzir animais. Esses bichos, levados a outros planetas, mudam a evolução.
Além disso, é possível configurar todo um planeta, mudando geografia e atmosfera. E, no novo local, lançar o esporo para que outra jornada comece.
O game, recomendado para maiores de 10 anos no Brasil, está totalmente traduzido para o português. É possível baixar gratuitamente uma versão com itens reduzidos do Criador de Criaturas em www.spore.com. O preço sugerido do jogo é R$ 99 na versão para PCs. Uma edição especial de pré-venda, que tem manual mais extenso e livro de arte das criaturas, sai por R$ 139.


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