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SOCIEDADE
Pesquisa feita em 14 países mostra que usuário se exercita mais e acredita no que lê na internet
Rede não prejudica convívio social, diz estudo
DA REDAÇÃO
Ao contrário do estereótipo
mais difundido, os internautas
são sociáveis, se exercitam e não
negligenciam interesses alheios à
internet. É o que afirma a quarta
edição da pesquisa The World Internet Project, que foi conduzida
pela Universidade da Califórnia e
deverá ser publicada nas próximas semanas em www.ccp.ucla.edu.
Segundo os realizadores do estudo, que realizou entrevistas em
14 países (EUA, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Itália, Espanha,
Suécia, Japão, Macao, Coréia do
Sul, Cingapura, Taiwan, China e
Chile), o uso da internet não reduz o convívio social. Nos EUA,
por exemplo, 75,6% dos entrevistados disseram que a rede não interferiu nas suas atividades sociais
em geral e 17,4% acreditam que
ela as estimula.
Essa tendência se mantém nos
demais países, mas os mais otimistas são os chineses: 47,2% deles dizem achar que a internet aumentou suas relações sociais.
De acordo com as informações
apresentadas no estudo, o uso da
rede tem benefícios até físicos: entre os internautas norte-americanos, por exemplo, o tempo médio
semanal gasto em exercícios foi
cinco horas, mais do que as 4,5
horas declaradas pelos não-usuários da internet.
Já a leitura de livros diminui:
nos EUA, os internautas passaram 4,7 horas semanais lendo,
contra 5,4 horas dos não-usuários
(na Hungria e em Cingapura, por
outro lado, o tempo dedicado à
leitura de livros é respectivamente
80% e 300% maior entre os internautas do que entre quem não
acessa a rede).
A desigualdade social atrapalha
a popularização da internet, mesmo em países do primeiro mundo. Nos EUA, por exemplo, 89,8%
das pessoas na camada social
mais rica têm acesso a rede, contra 43,1% dos mais pobres.
Outro detalhe relevante é a participação feminina no universo de
usuários da rede: nos EUA, 69%
das mulheres entrevistadas declararam acessar a internet menos
do que os homens (73,1%). Diferença similar existe nos demais
países. As pessoas que acessam a
internet acham que os dados contidos nela são verídicos: na Coréia
do Sul, por exemplo, 69,7% dos
entrevistados consideraram
"confiáveis e precisas", em sua
maior parte, as informações encontradas na internet (4,8% exibiram opinião oposta).
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